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Airbus, Siemens e Rolls-Royce vão desenvolver motor elétrico no Jumbolino

A Airbus, a Rolls-Royce e a Siemens formaram uma parceria com finalidade de desenvolver um avião-demonstrador de voo, o que representará um importante passo para o desenvolvimento da propulsão elétrica e híbrida em aeronaves.

A aeronave de testes se chamará E-Fan X, com base no nome E-Fan, já utilizado pela Airbus em um protótipo que se aposentou neste ano, com capacidade para dois passageiros e autonomia de voo de 45 minutos, usando somente propulsão elétrica.

O E-Fan X será baseado na estrutura do BAe 146, serão três motores convencionais e um motor elétrico com potência de 2MW, aproximadamente 2680 cavalos-vapor. Para isso a Airbus precisa adaptar a estrutura para receber o motor elétrico. O primeiro voo desse protótipo deverá ser realizado até 2020.

Na segunda etapa do projeto, quando a Airbus tiver maior confiança sobre os sistemas da aeronave, um segundo motor elétrico será colocado, substituindo um motor turbofan.

A intenção das três empresas é clara, colocar em prova um motor elétrico de alta potência, para saber qual é o comportamento térmico do motor, bem como a propulsão gerada em uma altitude de cruzeiro simples, para o voo regional. A Airbus, juntamente com a Siemens, já aprendeu bastante com os conceitos Cri-Cri Elétrico, e-Genius, E-Star e o E-Fan, mas todos esses aviões usaram motores à hélice de baixa potência.

Outros efeitos podem ser observados em motores elétricos de alta potência, um campo magnético é formado, e a Airbus quer analisar como isso altera o comportamento do sistema elétrico de um avião, considere que atualmente uma aeronave da fabricante europeia é bem dependente do fly-by-wire.

O objetivo é dar um impulso ao amadurecer a tecnologia, o desempenho, a segurança e a confiabilidade, permitindo avanços rápidos na tecnologia elétrica-híbrida. O programa de testes também visa estabelecer os requisitos para a futura certificação de aeronaves movidas por motores elétricos.

As responsabilidades serão divididas da seguinte forma:

– A Airbus será responsável pela integração geral, bem como pela arquitetura de controle do sistema de propulsão híbrido-elétrico e as baterias, também cuidará da integração com os controles de voo.

– A Rolls-Royce será responsável pelo motor turbo-eixo, o gerador de dois megawatts e a eletrônica. Juntamente com a Airbus, a Rolls-Royce também trabalhará na adaptação do fan à nacele existente e ao motor elétrico da Siemens.

– A Siemens fornecerá os motores elétricos de dois megawatts e sua unidade de controle eletrônico de potência, bem como o inversor, conversor DC/DC e o sistema de distribuição de energia.

A Airbus justifica esse investimento relacionando uma lei na União Europeia de objetivos ambientais, que estipula uma redução de 75% na emissão de CO2 pela aviação até 2050, bem como reduzir em 90% a emissão de NOx e 65% a de ruído.

O que parece impossível pode começar a ganhar corpo com os aviões menores, que se adaptam às tecnologias atuais de propulsão e armazenamento de energia, boa parte porque esses aviões necessitam de pouca potência para alçar voo, e tem pouca autonomia como uma característica típica. Dessa forma a troca de tecnologia é mais suave, enquanto os engenheiros desenvolvem outras tecnologias de baterias, com maior densidade energética.

 

 

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Aeroflap

Autor: Aeroflap

Categorias: Aeronaves, Notícias