Associação Brasileira das Empresas Aéreas pede mais articulação entre os agentes do setor

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) propôs aos agentes do setor aéreo maior articulação para impulsionar o crescimento e a competitividade da aviação nacional.

A proposta foi feita nesta última quinta-feira (26/04) durante a abertura do Airport Infra Expo 2018, evento dedicado à infraestrutura aeroportuária, em Brasília, oportunidade na qual especialistas abordaram o panorama atual do setor e trouxeram projeções.

De acordo com o presidente da ABEAR, Eduardo Sanovicz, a aviação brasileira é reconhecida por ter uma importante contribuição para o fortalecimento da economia, justamente porque existe uma cadeia produtiva que atua de forma integrada e que vem construindo junto o processo de recuperação do segmento nos últimos anos. “O setor aéreo precisa ser educativo em relação aos usuários, parceiros, mídia e lideranças devido a sua complexidade. Um dos desafios que nos impusemos na ABEAR é traduzir a aviação para o conjunto de atores da sociedade”, disse.

Sanovicz convocou os representantes da aviação a buscarem um ambiente regulatório e de negócios similar aos padrões internacionais, visando a queda dos custos e o aumento da demanda. “Queremos voar mais e com tarifas mais competitivas. Esse é o trabalho cotidiano de cada profissional que entende esse setor como fundamental para garantir o desenvolvimento regional, a conectividade e o transporte de órgãos em todo o país. Temos que sair daqui imbuídos e motivados por esse desafio”, afirmou.

 

Plataforma de conteúdo

Durante o evento, Paula Faria, diretora executiva da Sator, empresa que organiza o evento, anunciou a criação de uma plataforma de conteúdo para o setor de aeroportos, apontando a colaboração como palavra de ordem.

“Nossa missão é canalizar o desenvolvimento econômico por meio da aviação, sendo o usuário o protagonista desse processo”. Essa relação colaborativa também foi ressaltada pelo diretor-presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo (ABESATA), Ricardo Miguel. Segundo ele, na contramão da economia brasileira, a força de trabalho do segmento de serviços auxiliares cresceu 3% nos últimos anos.

Flávio Pires, diretor-geral da Associação Brasileira de Aviação Geral (ABAG), abordou a queda vertiginosa das operações registradas até dezembro de 2017, especialmente nos aeródromos atendidos pela aviação geral. Já os números de 2018 mostram forte recuperação, vinculada à retomada do crescimento nacional. “Não existe uma forte aviação executiva em uma economia desaquecida”, disse o executivo.

João Marcio Jordão, diretor de Operações e Serviços Técnicos da Infraero, apresentou o crescimento da movimentação de passageiros e de cargas nos aeroportos geridos pela Infraero, em função da melhor ocupação das aeronaves. “Buscamos modernizar nossa estrutura e capacitar a equipe para nos adequarmos às demandas do mercado”.

 

Concessões

As concessões federais foram o foco da apresentação de Tiago Pereira, superintendente de Regulação Econômica da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que apontou desafios para a obtenção de financiamento para investimentos e para uma simplificação regulatória, defendendo um ambiente mais cooperativo na interação da ANAC com as concessionárias, além do relacionamento do aeroporto e o seu entorno. 

Na sequência, o Major Brigadeiro do Ar Leônidas Medeiros Júnior, vice-diretor do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), ressaltou que a fluidez do trabalho de controle aéreo é cada vez maior com patamar de segurança superior à media internacional.

A cerimônia de abertura também contou com a presença do Secretário Nacional de Aviação Civil, Dario Lopes, que abordou a melhoria da gestão como a grande impulsionadora da aviação. Segundo ele, a estratégia do governo é a desestatizar os aeroportos com vistas à eficiência na gestão. “O Brasil não pode prescindir de um instrumento público para gerir aeroportos. O legado que pretendemos deixar é esse elenco de medidas que permita um crescimento consistente capaz de atender a demanda dos próximos anos”, afirmou.

 

Via – ABEAR

 

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