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Boeing pode estar finalizando a configuração final do novo avião NMA

Anteriormente a Boeing já tinha apresentado algumas das suas perspectivas sobre o que seria o Projeto NMA (New Mid-Market Airplane), conhecido antes como MoM e pelo público como ‘Boeing 797’ ou ‘novo Boeing 757’.

Mas a Boeing está tentando apresentar oficialmente o projeto ainda neste ano, durante o Farnborough Airshow, por pressão das próprias fornecedoras. A GE/CFM disse anteriormente que precisa de uma posição clara da empresa quanto antes, para desenvolver o novo motor que equipará a aeronave.

O custo de desenvolvimento está sendo estimado entre US$ 10 bilhões a US$ 15 bilhões, incluindo a linha de fabricação e o novo motor.

Como dito anteriormente aqui, o NMA é focado no mercado de 200 a 300 assentos, hoje ocupado pelo A321LR e o Boeing 787, além da variante 737 MAX 10 e 9. Essa aeronave seria o projeto da Boeing para conseguir oferecer um alcance maior que 7000 km e a economia de um A321LR.

Projeção do NMA apresentada pela Boeing no Paris Airshow 2017.

A configuração básica do NMA será de 2-3-2, com 7 assentos por fileira, sendo três no meio da aeronave, é algo com uma largura parecida com a do Boeing 767, mas com uma fuselagem oval e novos materiais, o peso total seria bastante inferior.

O novo avião usará algumas tecnologias do Boeing 777X, como a asa dobrável com estrutura em material composto. A fuselagem também incorpora um conceito novo para esse mercado atingido pelo Boeing 797, ela será oval, para alívio de peso e ampliação do espaço interno, assim é possível colocar uma configuração de 7 assentos por fileira sem ter o mesmo peso do 787. A Boeing chama esse conceito de fuselagem híbrida, que hoje não pode ser feita sem o uso de materiais compostos.

A Boeing estima que essa nova aeronave seria capaz de reduzir em 25 a 30 por cento o consumo, em comparação com um Boeing 787 de mesma capacidade.

O Boeing 797 é o jato que está na parte direita da imagem.

O possível 797 é um projeto otimizado para o seu mercado de voos entre países próximos, como o Brasil e os EUA, além da Europa e os EUA, por isso ele não tem a configuração robusta do 787, com grande largura e peso estrutural extra para ter alcance de até 15000 km. Além disso ele oferece uma autonomia extra, em comparação com o Boeing 737 MAX, e sem a limitação de capacidade.

Inicialmente a Boeing pensa em duas versões do NMA, uma com capacidade para 225 passageiros em duas classes e outra com capacidade para 275 assentos em duas classes.

Caso a Boeing anuncie o novo avião em 2018, a certificação seria realizada até 2024, com entrada em serviço já no ano seguinte. 

A Boeing está conversando com 57 companhias sobre esse avião desde o Paris Airshow de 2017. Mas a Qantas, Emirates, United e a Delta já declararam interesse nesse tipo de aeronave.

 

Propostas de motores

CFM

Foto – GE/Divulgação

A CFM, uma joint-venture formada entre a GE e a Safran, abandonou os conceitos de caixa de redução, e disse ser possível fazer esse motor com a mesma eficiência das concorrentes usando a mesma tecnologia disponibilizada no Leap-1, porém adequada para gerar quase o dobro de potência.

A empresa não descarta desenvolver novos conceitos totalmente do zero, baseados em um motor com caixa de engrenagens.

 

Pratt & Whitney

Em detalhe, motor da Pratt & Whitney equipando um Airbus A320neo.

A Pratt & Whitney está em vantagem, ela espera usar os mesmos conceitos dos motores Pure Power, já em atividade, para um novo motor que poderá equipar o NMA.

A fabricante se destaca por ser a única com experiência em caixa de redução, já que a CFM e a Rolls-Royce ainda não tem um produto com essa tecnologia em funcionamento.

 

Rolls-Royce

Foto – AviationWeek/Rolls-Royce

A Rolls-Royce já apresentou uma proposta baseada no conceito UltraFan, que a empresa vem desenvolvendo ultimamente para fazer motores na categoria do 787 e 777.

A Rolls-Royce disse que é possível transportar essa tecnologia para fazer um propulsor com até 50 mil lbs, porém, terá que adaptar algumas das tecnologias atuais para conseguir entregar um produto confiável à Boeing até 2025.

 

Via – Bloomberg e The West

 

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