Governo agora quer usar Boeing 767 em viagens de longa distância

Foto - Presidência da República

Em 2016 a Força Aérea Brasileira alugou um Boeing 767-300ER de passageiros por três anos, a aeronave seria utilizada para missões de apoio às tropas, além de transportar cargas para essas missões estratégicas, o avião já transportou até mesmo médicos para o programa governamental ‘Mais Médicos”.

O primeiro uso desse Boeing 767 para transporte presidencial foi realizado no dia 6 de julho de 2017, quando o presidente precisou fazer uma viagem para uma reunião do G20 na Alemanha, de acordo com o estilo de operação da FAB, o ACJ319 utilizado para transporte presidencial precisaria fazer uma escala antes de chegar na Alemanha, bem como na volta, por esse motivo Michel Temer preferiu usar o avião maior.

Esse motivo acima originou outro, agora o governo quer usar o Boeing 767 para viagens de longa distância, todas que tiverem duas escalas ou mais ficarão à cargo da aeronave americana, as outras serão realizadas normalmente com o ACJ319, a menos que o presidente prefira de novo viajar para os EUA ou Europa com o 767-300ER.

A aeronave que antes tinha configuração similar à de uma companhia aérea, com classe executiva e econômica, agora pode ganhar configuração VIP, com chuveiro, cama e sala de reuniões, assim como o ACJ319, de acordo com uma publicação da Folha de São Paulo.

A presidência ainda tem dois jatos do modelo Embraer E190, chamado de VC-2 na FAB, eles são equipados com algumas inovações do Lineage 1000, como a maior autonomia de voo proporcionada por um tanque de combustível maior. O VC-2 ainda recebe internamente um gabinete, banheiro exclusivo e 36 assentos no padrão classe executiva.

Foto – Força Aérea Brasileira/Divulgação

Toda essa questão dos voos sem escalas terá um preço caro para o governo brasileiro, o Boeing 767 gasta entorno de 5000 kg de JET-A1 por hora de voo, quando em nível de cruzeiro, enquanto o ACJ pode gastar até menos de 2800 kg por hora de voo. Para uma viagem com poucos passageiros esse gasto extra não é vantajoso, mas caso o 767 substitua também o VC-2 em viagens mais importantes, esse gasto é justificado.

Em algumas viagens a FAB utilizou o VC-1 (ACJ319) e o VC-2 para levar toda a comitiva presidencial, a maioria demandando escalas antes de chegar no destino. Em 2015 a então presidente Dilma Rousseff precisou se explicar após uma escala em Lisboa, em uma viagem presidencial durante a volta de Davos, na Suíça, neste caso a presidente optou por hospedar toda a comitiva em um hotel e seguir viagem no dia seguinte.

 

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