O governo decidiu definitivamente o futuro da Infraero. Vai realizar a concessão de 56 aeroportos administrados pela Infraero, num programa fracionado em seis partes (por áreas geográficas) e, após a concretização do programa vai extinguir a estatal.
Na concessão dos aeroportos constam o Santos Dumont, no Rio de Janeiro e Congonhas, em São Paulo. Mas quem ganhar a concessão vai ter também que levar aeroportos de menor porte, deficitários dentro do pacote oferecido pelo Governo. Mesmo o Brasil tendo cinco regiões, a proposta prevê seis, justamente porque Santos Dumont e Congonhas estão no Sudeste.
A parte de controle de voo (torres) e os 1900 funcionários desta área serão transferidos para a Aeronáutica, que vai assumir a Nav Brasil — nova empresa pública que está sendo criada — para essa finalidade.
A estimativa do Governo é que com toda a operação o Governo possa arrecadar um volume superior a R$ 50 bilhões. A Infraero por sua vez vem acumulando prejuízos nos últimos anos e em 2016 fechou o balanço com um prejuízo de R$ 751,7 milhões. Desde que o Governo iniciou o programa de concessões da Infraero a estatal vem acumulando prejuízos seguidos. Segundo cálculos da própria Infraero seriam necessários investir R$ 1,6 bilhão nesse ano em seus aeroportos.
O modelo de concessão foi apresentado essa semana e a partir do dia 19 de Julho o Governo vai buscar investidores para os aeroportos em Le Bourget, na maior feira de aeroportos do mundo, que acontece em Paris (França).
Caso não seja possível fechar o novo modelo integralmente, o governo pretende anunciar parte da proposta na feira: ou seja, pode optar por conceder Santos Dumont e mais três ou dois aeroportos. Precisa ser uma solução que não prejudique toda a implementação no projeto futuramente, explicou um técnico.
Fonte – Mercado e Eventos/O Globo
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