Novamente ministros do governo estão sendo investigados por uso irregular de voos da Força Aérea Brasileira (FAB). Dessa vez o tema é bem comum, transporte de parentes, amigos e lobistas, algo que é proibido de ser realizado.
No total foram 12 ministros envolvidos, que serão investigados por transporte irregular de pessoas em aviões da FAB, pela Comissão de Ética da Presidência da República. A maioria das viagens com a família foi para destinos turísticos, onde tal ministro tinha agenda marcada.
Seis levaram parentes a bordo, como citado acima, três levaram amigos a bordo, outros três levaram empresários ou lobistas e um levou a mulher de um colega. Boa parte desses voos foram sem apresentar previamente a relação de passageiros.
Isso porque os políticos ficam limitados a usar o avião da FAB somente para transporte próprio, e nesse caso, apontado no decreto 4.244/2002, somente o vice-presidente, ministros de Estado, chefes dos três Poderes e das Forças Armadas podem usar os aviões da FAB sem necessidade de uma autorização especial de segurança.
Alguns dos ministros envolvidos foram: Antônio Imbassahy; Bruno Araújo (PSDB); Dyogo Oliveira; Gilberto Kassab (PSD); Helder Barbalho (IN); Maurício Quintella e Sarney Filho (PV).
Mauro Meneses, que preside a comissão de ética citada, solicitou a relação de passageiros desses voos, que foi divulgada ao público, e solicitou esclarecimentos em até 9 dias.
Apesar da gravidade de usar um bem público como meio particular de deslocamento para terceiros, a punição para isso vai desde uma advertência até a recomendação de exoneração do servidor público, expedida diretamente para o presidente Michel Temer.
Em nota a FAB disse que apesar de receber a lista de passageiros, não há possibilidade de controle e nem responsabilidade em relação às comitivas que embarcam a bordo.
Via – Folha de São Paulo
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