Depois de extensos testes com o motor RS-25, fabricado pela AeroJet Rocketdyne, a NASA finalmente recebeu a versão final dos quatro motores que equiparão o
O motor RS-25 equipa o estágio central do Sistema de Lançamento Espacial da NASA (SLS), o novo foguete de grande porte da NASA. No total são quatro motores nesse estágio, marcando o maior e mais potente estágio central já construído, quando consideramos o conceito de uso de boosters durante o lançamento. O Space Shuttle também era equipado com motores RS-25, mas sem toda a potência de queima e com a duração do estágio central do SLS, que fornece um tanque de combustível maior.
A NASA possui 16 motores RS-25 que já foram colocados em voos de testes, e mais dois motores de desenvolvimento que estão sendo usados como motores de apoio para os testes. Mesmo assim esses motores já foram usados em 135 missões, em outra versão. Esses motores foram usados para testar novos controladores, uma espécie de computador que controla a queima de combustível do motor.
Esses motores equiparão o primeiro SLS que fará um teste em voo, marcado para 2019. Tudo isso acontecerá antes da primeira missão do SLS.
Já o estágio central para o primeiro voo está sendo montado por enquanto, ele tem a altura de um prédio com mais de 20 andares e capacidade para levar mais de 2 milhões e 600 mil litros de combustível, o RS-25 usa somente LOX (Oxigênio Líquido) e LH (Hidrogênio Líquido) para a propulsão, essa é uma das formas de propulsão mais eficiente do mundo, com nenhuma geração de resíduos e grande poder de explosão.
Além de carregar todo esse combustível o estágio central ainda tem um espaço para os motores e seus sistemas subjacentes, como as turbo-bombas e os computadores. Quem está sendo responsável por construir isso é a Boeing, que usa um robô para soldar as partes.
Vale lembrar que o SLS usa o mesmo conceito de foguetes como o lançador do Space Shuttle e o Delta IV Heavy, com dois booster de propelente sólido nas laterais. Esses boosters incrementam a aceleração inicial do foguete, quando todo o peso precisa vencer a força gravitacional, já que o propelente sólido oferece uma queima poderosa e rápida. Na foto acima podemos localizar o SRB através da estrutura lateral na cor branca.
O conceito usado será novamente parecido com o Space Shuttle, só que os boosters faziam parte do sistema lançador, enquanto os motores RS-25 estava atrelados ao Space Shuttle em si, o tanque (laranja) do Ônibus Espacial servia somente para levar combustível, já que o mesmo não tinha essa capacidade. Era um sistema engenhoso, porém, caro e complicado de operar, além de ser muito pesado.
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