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Pilotos da Ryanair se recusam a fazer hora extra

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A Ryanair está com um problema bem grande para as próximas semanas, que pode resultar em até 25 milhões de euros em prejuízo pro caixa da companhia, ela vai cancelar 2000 voos até o final de outubro, devido à licença obrigatória dos pilotos, que foi adiada do verão para os meses de setembro e outubro.

A solução para isso poderia ser óbvia, os pilotos em atividade fariam em conjunto horas extras e a companhia pagaria o valor extra, em compensação os passageiros não seriam afetados pelo corte de voos. Mas de acordo com uma carta encaminhada ao Jornal The Guardian, os pilotos recusaram em massa a oferta da companhia, decretando que continuarão trabalhando no modo padrão.

A oferta extra é tentadora! A Ryanair ofereceu 12000 euros para os comandantes e 6000 euros para os copilotos devido às horas extras, isso para 6 semanas de trabalho a mais. E ofereceu até mesmo 10 mil euros a mais de salário anual para os pilotos que auxiliassem a companhia nesse problema.

Os pilotos que aceitarem a proposta da companhia também devem completar mais de 800 horas de voo durante 12 meses, até Outubro do próximo ano, curiosamente isso seria cerca de 66 horas de trabalho por mês. Com a crise os trabalhadores ainda estão proibidos de terem mais do que 4 faltas autorizadas.

A não ser que o piloto tire férias só em novembro ou dezembro de 2018, e já tirou em 2017, geralmente um piloto da Ryanair nunca completa mais de 800 horas voadas em um ano, de acordo com os próprios pilotos, o cálculo de horas é bastante limitado pelas regras da IATA e também pelos treinamentos obrigatórios para renovar a “Carteira de Tipo”, esse treinamento anual geralmente consome uma boa quantidade de horas do piloto em simuladores e sala de aula.

Detalhe, é obrigatório, sem carteira de tipo e exames médicos renovados o piloto não voa.

Enquanto isso O’Leary continua afirmando que o problema foi causado por uma falha de planejamento nas férias dos pilotos, a Ryanair não permitiu que praticamente nenhum piloto entrasse de férias no verão europeu, para maximizar suas operações, e agora foi obrigada a dar a licença obrigatória para esses pilotos em setembro e outubro. O resultado? A companhia ficou sem pilotos para completar sua grade de voos.

 

Via – The Guardian

 

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