Pilotos da United sugerem usar jatos maiores no mercado regional

Foto - Embraer/Divulgação

Os Estados Unidos tem um mercado de voos regionais bem típicos, basicamente a lei por lá inibe os incentivos para aviões com mais de 76 assentos. E isso não está fazendo a felicidade dos pilotos, pelo menos os que trabalham na United.

De acordo com uma associação de pilotos, as parceria da United, que são as companhias que prestam serviço com a marca da tradicional companhia, podem crescer mais mesmo com o limite de aeronaves imposto pelo órgão regulamentador.

A United também entrou nessa discussão, e solicitou um aumento no número de aeronaves regionais permitida. Isso porque a United tem direito a um número menor de aviões regionais, em comparação com a Delta e a American Airlines.

“Nós temos uma desvantagem atualmente”, disse Scott Kirby, presidente da United, em uma conferência do JP Morgan em 13 de março. “Temos menos capacidade de passageiro, menos aeronaves de 76 lugares do que Delta ou American”.

O contrato da companhia aérea com pilotos, tem uma limitação de 255 aviões regionais de 70 a 76 lugares. Enquanto isso a American Airlines pode ter até 40% do número de aviões narrowbody da sua frota principal, como os A320 e 737, por isso a companhia pode trabalhar com até 320 aeronaves de até 76 assentos no mercado regional.

Já a Delta pode trabalhar com até 325 aviões regionais, sendo 223 deles entre 71 a 76 assentos, e 102 de aviões com 51 a 70 assentos.

O único modo da United aumentar sua presença no mercado regional é a adição de jatos regionais de maior porte, como o Embraer E-Jet E2 ou o Bombardier CSeries, na sua frota principal, fora das companhias aéreas parceiras. Com essa alteração cerca de 65 aviões com até 76 assentos poderiam operar no mercado regional.

E a briga dos pilotos das companhias aérea parceiras é exatamente essa, de acordo com eles o ideal é a United pedir mais aviões de grande porte, para então aumentar a sua frota regional. O motivo é bem simples, os pilotos de aviões maiores, como o E195-E2, ganham um salário maior.

Enquanto isso a insistência da United é conseguir aumentar sua frota regional, operada pelas parceiras e com vários incentivos, antes de comprar aviões regionais de maior porte para sua frota principal. Logicamente isso leva a um gasto, que não é compensado porque a companhia precisará pagar mais aos pilotos, investir em aviões para a sua frota principal e ainda fazer suas parceiras investirem em aviões com até 76 assentos.

A United ainda está pensando qual posicionamento irá tomar, e até se realmente vai encomendar aviões maiores para sua frota principal.

 

Via – FlightGlobal

 

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