Telescópio Hubble quebra recorde de distância cósmica

O Telescópio Espacial Hubble da NASA em parceria com a ESA, chegou novamente em seu limite astronômico, ele quebrou o recorde de distância cósmica, medindo a distância à galáxia mais remota já visto no Universo. Esta galáxia está a apenas 400 milhões de anos luz da Terra e fornece novas pistas sobre a primeira geração de galáxias.

Usando o Telescópio Hubble, uma equipe internacional de astrônomos mediram a distância para esta nova galáxia, chamada GN-z11. Embora extremamente fraco e de baixa resolução, a galáxia é extraordinariamente brilhante considerando sua distância da Terra. A medição de distância da GN-z11 fornece forte evidência adicional de que outras galáxias excepcionalmente brilhantes encontradas em imagens anteriores do Hubble estão realmente a uma distância extraordinária.

Anteriormente, os astrônomos tinham estimado distância do GN-z11, analisando a sua cor nas imagens captadas com o Hubble e o telescópio espacial Spitzer . Mas dessa vez  equipe usou a câmera de campo largo 3 (WFC3) para medir com precisão a distância da galáxia GN-Z11 através de espectro de cor por dividir a luz em suas cores componentes (RGB).

This image shows the position of the most distant galaxy discovered so far within a deep sky Hubble Space Telescope survey called GOODS North (Great Observatories Origins Deep Survey North). The survey field contains tens of thousands of galaxies stretching far back into time. The remote galaxy GN-z11, shown in the inset, existed only 400 million years after the Big Bang, when the Universe was only 3 percent of its current age. It belongs to the first generation of galaxies in the Universe and its discovery provides new insights into the very early Universe. This is the first time that the distance of an object so far away has been measured from its spectrum, which makes the measurement extremely reliable. GN-z11 is actually ablaze with bright, young, blue stars but these look red in this image because its light was stretched to longer, redder, wavelengths by the expansion of the Universe.

Galaxia observada por Hubble. Foto – NASA

Nossas observações espectroscópicas revelam que a galáxia está ainda mais longe do que inicialmente foi pensado, logo no limite de distância do que o Hubble pode observar”, explica Gabriel Brammer, do Space Telescope Science Institute. “Demos um grande passo para trás no tempo, além do que foi projetado para executar com o Hubble. Nós conseguimos olhar uma galáxia quando o Universo tinha apenas 3% de sua idade atual, “diz Pascal Oesch, da Universidade de Yale.

Para determinar grandes distâncias, como a de GN-z11, os astrônomos observaram o efeito chamado redshift.Este fenômeno é o resultado da expansão do universo e causado pela luz viajando no tempo, todos os objetos distantes no universo parece estar se afastando de nós e como resultado é a sua luz quem ganham coloração mais avermelhada. Antes de astrônomos estimaram que a distância para GN-z11, tinha um redshift de 8.68, agora a equipe confirmou a distância de GN-z11 através de um redshift de 11,1, o que corresponde a 400 milhões de anos após o Big Bang.

Estes resultados fornecem uma visualização tentadora das observações que o Telescópio Espacial James Webb irá realizar, visto que o Hubble, que tem projeto com mais de 20 anos de idade, visualizou algo que só estava previsto para o James Webb, que será o melhor e mais potente observatório do universo fora da Terra.

 

Fonte – ESA

Tradução e adaptação – Aeroflap

 

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