USAF planeja aposentar os bombardeiros B-1 e B-2 depois de 2030

Bombardeiros supersônicos B-1B e caças furtivos F-35B da força aérea dos Estados Unidos acompanhados por aeronaves militares do Japão. Foto - Ministério de Defesa do Japão

A Força Aérea dos Estados Unidos vai passar por uma grande modificação da sua frota na década de 2030. O órgão defesa confirmou que planeja aposentar os bombardeiros B-1 Lancer e B-2, fabricados pela Rockwell e a Northrop Grumman, respectivamente.

Ao mesmo tempo a USAF investirá em uma frota com somente dois aviões, o B-52 remotorizado e o novo B-21.

A aposentadoria total desses aviões deverá começar em 2030 e terminar somente na década de 2040, ou próximo dela, a finalidade é ir substituindo aos poucos os 20 B-2 e os 62 B-1 da frota de bombardeiros. Por isso os Estados Unidos planejam ter cerca de 80 a 100 aviões B-21, de nova geração.

Bombardeiro B-2.

A justificativa está baseada nos custos, em 2030 o projeto do B-2 terá quase 50 anos, e necessitará de reparos de alto custo para a USAF, devido à complexidade da aeronave. O B-1 Lancer está na mesma linha, com a asa de ângulo variável criando ainda mais complexidade estrutural, e exigindo um orçamento maior para uma revisão pesada.

Ao contrário, o B-52 é um bombardeiro com grande carga útil, de manutenção barata e simples, em comparação com os outros bombardeiros mais avançados. 

A Força Aérea dos Estados Unidos contará com o B-52H pelo menos desde a década de 60, e agora está com os planos de modernização para conseguir usar a aeronave pelo menos até 2060.

A USAF já tentou substituir a aeronave duas vezes, a primeira foi com o bombardeiro North American B-70 Valkyrie, mas o projeto foi cancelado devido aos custos. Já tentaram substituir o B-52 pelo B-2, mas os custos de construção do último permitiram a fabricação de somente 20 aviões, cada um sai por aproximadamente 2 bilhões de dólares.

Atualizar o B-52H custará pelo menos US$ 22 bilhões à USAF, mas a mesma deixará de gastar US$ 10 bilhões em manutenção neste período, além de evitar a compra de novos aviões para operar por mais 40 anos.

Com orçamento limitado, a USAF espera contar com 175 bombardeiros depois de 2040, esse número pode subir após esse período, quando o B-52H iniciar a sua aposentadoria e um bombardeiro de nova geração for apresentado. Enquanto isso o primeiro B-21 está previsto para ser entregue em meados da década de 2020, porém até o momento nenhum protótipo foi construído pela Northrop Grumann.

 

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