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4 de julho caótico: mais de 10 mil voos são afetados nos EUA pelo mau tempo e falta de funcionários

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Os viajantes norte-americanos estão enfrentando um feriado de 4 de julho caótico, e isso já vinha sendo um problema que afetou milhares de voos antes mesmo de iniciar o mês. As companhias aéreas estão enfrentando diversos problemas há meses com a falta de funcionários.

Quando a pandemia iniciou, o que fez com que praticamente todas as viagens fossem paralisadas no mundo todo, as companhias aéreas buscaram todos os tipos de soluções para não entrarem em colapso financeiro.

O lado mais afetado foi o quadro de funcionários, as empresas americanas decidiram antecipar a aposentadoria de milhares de pilotos e funcionários de solo além de realizar grandes demissões.

Demitidos, a maioria desses funcionários buscou alternativas para sobreviver e conseguir renda e não voltaram para a aviação. 

Especialistas no setor aéreo indicavam que apenas em 2023, o número de viagens iria chegar aos níveis próximos de 2019, porém a demanda está quase aos níveis de antes da pandemia já em meados de 2022.

Como resultado, a demanda maior do que o esperado, as companhias aéreas não possuem estrutura para dar conta de tamanha demanda ainda mais em um período de férias.

Apesar dos valores das passagens estarem mais caras, os viajantes estão dispostos a pagar mais para poder ter seus momentos de distração e descanso, já que a pandemia impediu milhares de pessoas de viajarem no mundo todo.

4 de julho caótico nos EUA

O feriado de 4 de julho seria uma oportunidade boa para diversos cidadãos americanos viajarem com suas famílias pelo país, isso se conseguirem. Como comparação, o número estimado de viajantes nesse feriado é de 2,49 milhões de pessoas, superando os 2,18 milhões de 2019.

O cenário poderia proporcionar uma recuperação por parte das companhias aéreas, até mesmo para compensar a alta do preço dos combustíveis. 

Visando este cenário com grande demanda, as empresas dos EUA colocaram mais voos, horários alternativos para diversas rotas mas o efeito foi o contrário. A falta de funcionários fez com que os atuais trabalhassem mais, causando um cansaço maior além de não conseguir suprir tamanha demanda.

O efeito dominó foi quase imediato, cerca de 11 mil voos estão atrasados desde o dia 1º, sendo 1.000 deles da American Airlines. Os atrasos impactaram 30% de toda a malha da companhia, na Delta os voos impactados foram 780.

O CEO da Delta em um pedido formal de desculpas aos passageiros disse que as passagens poderiam ser remarcadas gratuitamente como forma de reduzir os impactos. 

Delta Airlines winter operations at Minneapolis/St. Paul International Airport in Bloomington, Minn., on Thursday, December 16, 2010.

A JetBlue negociou com seus tripulantes um bônus de viagem para que conseguisse manter um bom volume de tripulantes ativos. A Frontier também está negociando escalas flexíveis com seus tripulantes.

O mau tempo de algumas cidades também contribuiu para o caos que as companhias aéreas e aeroportos estão enfrentando nesse período de férias. Além disso, também há falta de funcionários qualificados para funções nos aeroportos de todo o país, assim como para o Controle de Tráfego Aéreo (ATC).

Os mais movimentados aeroportos dos EUA sãos os que mais estão sofrendo atrasos, em razão de um efeito dominó que começa na falta de tripulantes e funcionários de companhias aéreas até a falta de pessoas qualificadas para o ATC, sobre isso a FAA emitiu um comunicado:

“A FAA agiu sobre as questões levantadas pelas companhias aéreas e está trabalhando com elas para compartilhar informações para manter as aeronaves em movimento com segurança quando o clima e outros eventos do espaço aéreo restringem a capacidade. A agência adicionou rotas alternativas, colocou mais controladores em áreas de alta demanda e aumentou o compartilhamento de dados.”

Com a situação caótica a níveis vistos pela última vez antes da pandemia, são estimadas que as taxas de cancelamentos e atrasos fiquem ainda maiores e podem causar efeitos até o final de 2022. 

O Departamento de Transportes dos EUA, em conjunto com as companhias aéreas precisarão estudar alternativas e soluções para garantir a redução do impacto nas viagens que as empresas de todo mundo tanto precisam nesse momento de recuperação global.

 

 

Com informações da Simple Flying.

 

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