Sem dúvidas um dos grandes e ícones bombardeiros da história da aviação militar é o B-52 Stratofortress. O avião de oito motores TF-33 é um monstro de 62 anos que ainda está no roll das principais aeronaves da USAF e isso poderá ser estendido ainda mais, uma vez que a USAF quer manter ativo os seus bombardeiros por mais um bom tempo.
O início da história do Stratofortress está nos anos 40 (mais especificamente entre 45 a 48), ou seja, logo após a II Guerra Mundial que aquele altura mudaria muita coisa dentro do cenário militar. O feito dos norte-americanos em toda a guerra e exclusivamente em Hiroshima e Nagasaki mostrou ainda mais ao mundo que grandes ameaças de destruição poderiam vir do alto.
O antecessor do B-52, foi o B-29 Superfortress e o Convair B-36. O grande bombardeiro B-29, no qual já escrevemos sobre trilhou um caminho único que levaria algumas potências mundiais a investir em grandes aviões que levavam poderosos armamentos.
Conheça um pouco mais do clássico e temido bombardeiro que ‘colocou fim na II Guerra Mundial’
O Criador
O engenheiro-chefe da Boeing, Ed Wills e sua equipe receberam da Força Aérea dos EUA em 1948 um pedido de construção de um grande bombardeiro, só que invés de hélices o novo avião deveria ter propulsão a jato.
A missão foi aceita e no final da semana seguinte o engenheiro apresentou um projeto em maquete de madeira de um bombardeiro de oito motores e um relatório de 33 páginas, ali traçava o nascimento do B-52.
Já era 1950 e outra guerra havia começado, a Guerra da Coreia ajudou a traçar novas tecnologias. A era do jato era uma realidade e entrou com firmeza nos Dogfights. Em 1951 a USAF aprovou o projeto do XB-52 como o próximo bombardeiro intercontinental dos EUA, com a aprovação foi determinada a construção inicial de 13 unidades da aeronave, sendo que os primeiros voaram em abril de 1952.
Assim como a versões de caças como F-16A/B dentre outras, existiram três B-52A, que logo foram convertidos para B-52B e com isso uma mudança foi feita, incluindo maior peso e motores maiores, em 1955 os B-52B entram em serviço.
Até que se chegasse a versão final do B-52, a versão H que desde 1961 até os tempos atuais é usada, sendo que algumas mudanças e testes foram feitos.
Ao todo entre os anos de 1952 a 1962 cerca de 744 bombardeiros B-52 foram construídos e a Guerra Fria foi um fator de importância para isso.
O B-52 foi uma das aeronaves que criou sua história dentro da Guerra Fria, que só acabaria em 1991 com a queda do muro de Berlin. Duas grandes potências mundiais disputavam tecnologia e melhores armamentos, havia uma tensão por parte dos construtores em projetar e construir “algo maior” do que a nação concorrente.
O Bombardeiro em zona de Guerra
Alguns conflitos aconteceram em meio a Guerra Fria, um deles foi a famosa Guerra do Vietnã, na qual o B-52 foi empregado contra os vietnamitas ligados ao regime comunista da ex-URSS. A grande autonomia e a velocidade em comparação aos modelos da II Guerra foram um diferencial.
Neste vídeo abaixo podemos ver o emprego do Stratofortress no conflito do Vietnã:
Já nos anos 90, o B-52 também foi usado em outro conflito, desta vez em meio a região seca do Oriente Médio, os bombardeiros americanos atacaram as zonas inimigas.
A Guerra do Golfo foi outro marco para o gigante de oito motores, como podemos ver no vídeo abaixo:
Longa Vida ao Stratofortress
A história do B-52 desde ao A até versão H, que é a atual, fez os EUA ter um controle e um respeito no mundo. Armas como caças, bombardeiros, tropas de exércitos, mísseis, porta-aviões e submarinos, definem bastante um conflito, algumas delas as vezes sozinhos conseguem definir um combate por completo.
E vendo que mesmo tendo seus 65 anos, o B-52 em pleno século XXI ainda é útil a USAF, e por isso os norte-americanos querem alongar a vida deste ícone da aviação militar.
Um estudo que inclusive está dentro do Congresso dos EUA, visa a modernização do bombardeiro que por sinal já está em andamento, três empresas estão envolvidas, a Rolls- Royce, a General Electric e Pratt & Whitney.
Algumas melhorias da versão atual H do BUFF (como também é conhecido o B-52):
- A adoção do mecanismo turbofan no Pratt e Whitney TF-33 para substituir o J-57, usado em todos os B-52 anteriores, e
- A substituição das quatro metralhadoras na cauda pela Vulcan Gatling M61 de 20mm (modelo T-171) de seis canos.
- Além disso, aviônicos avançados foram incorporados para permitir uma maior agilidade e ajuda tecnológica nos combates.
Com as várias modernizações que foram colocadas no B-52, houveram também novas armas utilizadas na aeronave, como:
- Harpoon AGM-84
- AGM-142 tem cochilo
- Versão de ogiva convencional AGM-86B do ALCM
- Míssil de cruzeiro avançado AGM-129Af
- Família CBU- 87/89/97 de munições de fragmentação
- Distribuidores de Munições com Correção de Vento CBU-103-105
- Munição Conjunta de Ataque Direto GBU-31/32
- Arma Conjunta AGM-154, e
- Míssil de separação ar-superfície AGM-158 para o arsenal do BUFF.
Especificações técnicas
Classificação | Bombardeiro |
Comprimento | 48,5 metros (B-52H) |
Peso bruto com carga e combustível | 220000 kg (B-52H) |
Velocidade máxima | 1047 km/h (B-52H) |
Alcance | 16232 km em transferência e 7200 km em combate com armas a bordo (B-52H) |
Teto | 50000 pés -14325 metros (B-52H) |
Poder | Oito motores turbofan TF-33 de 17.000 libras de empuxo (B-52H) |
Tripulantes | Cinco |
Armamento | 2 mísseis e bombas supersônicas Hound Dog, canhão de 20 mm na torre de cauda direcionada por radar, 20 SRAMs ou 20 ALCMs (B-52H) |
Fontes de apoio: Boeing/The Stratofortress
Edição: Aeroflap
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