Na próxima quinta-feira (18) a ANAC fará mais uma rodada de concessão de terminais aeroportuários. Congonhas é o principal da lista, contudo, de acordo com uma publicação do O Globo, apenas o Grupo Aena apresentou proposta para o terminal, que foi o 2º mais movimentado do Brasil em 2019.

Liderado pelo Aeroporto de Congonhas (SP), o Bloco SP-MS-PA-MG é composto ainda pelos aeroportos Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul (MS); Santarém, Marabá, Parauapebas e Altamira, no Pará (PA); Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, em Minas Gerais (MG).

O lance mínimo para esses terminais é de R$ 740,1 milhões, sendo Congonhas o terminal de maior receita e mais lucrativo. De acordo com a publicação do O Globo, as propostas de interesse pelos terminais deveriam ser apresentadas até esta última segunda-feira (15), contudo, apenas a Aena demonstrou interesse pelo terminal.

O Grupo CCR, esperado para participar, se retirou do processo de concessão. No contrato, o governo exigirá investimento de R$ 5,8 bilhões em melhorias nesses terminais ao longo de 30 anos de concessão.

A Aena é uma concessionária estatal de aeroportos originária da Espanha. No Brasil a empresa ganhou a concessão dos Aeroportos de Recife (PE), Maceió (AL), João Pessoa (PB), Campina Grande (PB), Aracaju (SE) e Juazeiro do Norte (CE). O valor pago foi de R$ 1,917 bilhão, um ágio de 1.010%, na 5ª rodada de concessões, realizada em 15 de março de 2019.

Recentemente a empresa espanhola conseguiu um empréstimo conjunto do BNDES com o Banco do Nordeste (BNB) de R$ 1,8 bilhão, para reformar os seis terminais que administra. A operadora espera aumentar em 50% a capacidade dos seus terminais de receber passageiros.

A 7º rodada de concessões de aeroportos, que acontecerá na próxima quinta-feira (18) ainda é composta pelos seguintes blocos:

• Bloco Aviação Geral – É formado pelos aeroportos de Campo de Marte, em São Paulo (SP) e Jacarepaguá, no Rio de Janeiro (RJ), e tem lance mínimo inicial fixado em R$ 141,4 milhões.
• Bloco Norte II – Integrado pelos aeroportos de Belém (PA) e Macapá (AP), tem como contribuição inicial mínima R$ 56,9 milhões.

Com poucos interessados, a 7ª rodada de concessão de aeroportos deve ainda contar com a participação da Vinci e da Socicam, que se interessaram pelo Bloco Norte II, e pela XP Investimento, a única interessada até o momento no Bloco Aviação Geral.