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Aeroporto Santos Dumont pode ter voos para apenas dois destinos, se depender do governo do RJ

Aeroporto Santos Dumont Rio de Janeiro ALTA

Há alguns meses o Governo do Rio de Janeiro está buscando uma solução para aumentar o tráfego aéreo no Aeroporto do Galeão.

O Terminal, que já esteve entre os três mais movimentados do país, está aos poucos perdendo passageiros. E este movimento se intensificou nesta pandemia, quando o Galeão saiu de quarto para oitavo colocado entre os mais movimentados do país.

A primeira ação foi diminuir o valor do ICMS no combustível, para ajudar a atrair voos para o Estado, principalmente utilizando o Galeão como hub. Contudo, de acordo com uma publicação do O Globo, o governo pensa em “padronizar” os aeroportos.

A mudança sugerida pela própria prefeitura do Rio de Janeiro é para concentrar os voos domésticos no Aeroporto do Galeão, e deixar o Santos Dumont somente com voos para São Paulo, cumprindo a Ponte Aérea, e Brasília.

Foto – Divulgação / RIOgaleão

A meta do governo do Rio de Janeiro, se conseguir uma autorização para cumprir essa bizarra regra, é deixar o Aeroporto do Galeão mais atrativo para voos em conexão, aumentando também a demanda por voos internacionais.

Em abril deste ano o Secretário de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, disse que o Governo Federal não vai restringir os voos no Aeroporto Santos Dumont, antes ou depois da concessão do mesmo em 2022.

“É inegável o benefício da competição e da concorrência para a sociedade. O passageiro tem direito de escolha”, apontou. “Eu fico assustado. Se eu entendi bem, a proposta [do governo estadual] é vocacionar? Obrigar o passageiro a ir para o Galeão, é isso?”

No entanto, além de ser totalmente difícil criar essa lei em âmbito federal, a aviação também funciona de outro modo atualmente.

 

Santos Dumont: O Aeroporto que ficou mais acessível com as novas tecnologias

Com a evolução da tecnologia o Aeroporto Santos Dumont ficou mais ‘acessível’ para diversos voos e operações rotineiras, muitas companhias se aproveitaram desse fator, como a Azul, para estabelecer um pequeno hub no local, com voos para diversos destinos utilizando aeronaves distintas.

Foto: FAB

A evolução da tecnologia possibilitou a implementação de uma aproximação do tipo RNP-AR para a pequena pista do Santos Dumont, melhorando a questão de cancelamento de voos e operação sob condições adversas.

Do outro lado, a evolução apresentada pelo pacote SFP, da Boeing, agora é bastante comum em todos os aviões Airbus e Boeing que operam no local. Tanto o A320neo como o 737 MAX são capazes de operar no aeroporto com bom desempenho, incluindo voos para destinos no Nordeste, não realizados anteriormente pelas companhias.

Azul

Ao mesmo tempo, o Santos Dumont aceita aviões Cessna Grand Caravan, ATR 72-600, Embraer E195-E1/E2 e os maiores Airbus A319/320ceo e neo, e o 737-700/800 e 737 MAX 8. Todos esses aviões estão presentes nas frotas de pelo menos uma das companhias aéreas brasileiras que operam no local.

A evolução dos pacotes de performance, como o SFP da Boeing (que está em sua 3ª versão) e o SHARP da Airbus, aumentaram ainda mais o desempenho dos aviões desde 2006.

O aumento da versatilidade do Aeroporto Santos Dumont devido aos pontos apresentados influenciou na escolha, ao longo dos últimos anos, para o aumento de voos no local. Como vantagem, o aeroporto é próximo ao centro do Rio de Janeiro e normalmente as passagens para o terminal são mais caras, em comparação com o Galeão, o que aumenta a margem de lucro para as companhias aéreas.

 
 

 

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