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Air France explica história de requinte e elegância dos uniformes da companhia

Além de tornar as viagens mais agradáveis e representar a companhia aérea em diversas partes do mundo, os comissários de bordo da Air France podem contar sua história por um outro ângulo: o da moda. Os primeiros “uniformes” tiveram inspiração no guarda-roupa de atendentes de vagões dormitórios de trens, mas mantendo o padrão de hotéis de alto padrão: jaqueta branca, calça azul-marinho, boné branco e um casaco azul-marinho curto e ajustado com colarinho. Listras e insígnias serviam para destacar a hierarquia da equipe, assim como o estilo militar que os uniformes masculinos de aviação civil mantêm ainda hoje.

Em 1946, a Air France organizou a primeira convenção para recrutar aeromoças, e a partir daí o uniforme se tornou essencial. O primeiro, da grife Georgette Renal, incluía itens básicos: um terno, um vestido de verão e um casaco. Depois do grande sucesso, em 1951, a companhia escolheu a maison Georgette de Trèze para modernizar sua aparência, deixá-los mais femininos e transmitir o espírito dos anos 1950.

Em 1962, foi lançado um novo modelo, desenhado por Marc Bohan para Dior, que elevou os uniformes da Air France ao status de alta costura. O modelo ficou mais leve, em tom azul “Marceau”, e o chapéu adornado com a insígnia da Air France substituiu a antiga boina. Os pequenos detalhes do novo uniforme remetiam ao refinamento da moda na época.

Foto – Air France/Divulgação

No fim dos anos 1960, o famoso estilista Cristobal Balenciaga assinou os desenhos do novo projeto, feito especialmente para as mulheres e composto por um terno com corte de inverno em um estilo bastante “aeronáutico”. Em 1971, ele adicionou dois outros looks (de inverno e de verão) para diferenciar as equipes de solo, levando em conta as condições de cada função.

 

Os anos 1970: época de criatividade

Os uniformes clássicos acabaram ficando deslocados em uma época em que já se falava de viagens espaciais. Em 1968, a companhia aérea UTA, que mais tarde foi incorporada pela Air France, representou a vanguarda da moda com seus novos uniformes por Pierre Cardin. Em 1973, foi a vez de André Courrèges criar os novos visuais: as calças apareceram, junto com jaquetas de esqui, blusas ajustadas, minissaias e botas brancas básicas. Já a Air France optou por expressar sua modernidade incorporando as últimas tendências da moda.

Em 1971, Jacques Esterel lançou o uniforme da Air Inter, outra companhia aérea francesa que foi absorvida pela Air France, que tinha como destaque cores laranjas dinâmicas e um design geométrico com uma pegada pop: minicasaco, vestido de bolinhas, bolsa de ombro, sapatos escarpã e chapéu. As tendências voavam e eles logo ficaram ultrapassados. Tanto a UTA quanto a Air Inter ficaram mais tradicionais em estilo, trabalhando com Nina Ricci, Hermès e Dior nos anos 1980. Esse período levou a história da Air France para uma virada de página, com foco em gentileza e amabilidade e rompendo com o seu estilo tradicional de se vestir. Para celebrar a chegada do Concorde, Jean Patou desenhou um uniforme exclusivo em 1976.

Dois anos depois disso e três depois de uma crise, as atividades da companhia se expandiram e, para reestabelecer a imagem no mercado, um novo uniforme foi criado, com as cores tradicionais da marca, azul e branco, só que ficando mais dinâmico com a introdução do vermelho. Para atingir a diversidade de estilos, três grifes ficaram com a tarefa de produzir as novas coleções: Carven, Nina Ricci e Grès.

Os agentes de solo ganharam um novo look em 1987. A marca Georges Rech foi perfeita para o estilo da mulher dinâmica e ativa, portando um charme tanto masculino quanto feminino. Para a equipe de bordo, as peças foram criadas por vários designers: o casaco por Nina Ricci, os quatro elementos principais por Carven, o vestido de verão por Louis Féraud e os acessórios por Catherine de Karolyi. Cada uma das grifes recebeu as especificações (conforto, facilidade de uso, praticidade) e os comissários votaram para escolher quais comporiam seu novo guarda-roupa.

 

Os anos 1990 e a identidade única

Foto – Air France/Divulgação

No começo dos anos 1990, a companhia aérea voltou a ter um uniforme único, traduzindo uma identidade compartilhada por todos seus funcionários. Os looks da equipe de bordo eram formados por uma mistura dos uniformes de 1987, de Nina Ricci, Carven e Louis Féraud.

Por conta de sua política de agrupamento e sucessivas fusões, a Air France tinha que criar uma aparência que personificasse essa união de mundos e culturas. O uniforme, confiado ao renomado estilista Christian Lacroix, em 2005, nasceu de uma mistura sutil da necessidade de identidade e liberdade de imaginação, uma junção de admiração e estilo. Ele criou um guarda-roupa com cerca de cem itens combináveis, revisitando a elegância francesa que é reconhecível em qualquer aeroporto do mundo, mesmo no meio de uma multidão de milhares de pessoas.

 

Veja mais no vídeo baixo sobre a evolução dos uniformes da Air France:

 

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