Em uma conferência para investidores, o presidente executivo da Air Lease, Steven Udvar-Hazy, ressaltou alguns pontos sobre o mercado de aviação brasileiro, e o complicado período enfrentado pela Avianca Brasil, em regime de recuperação judicial.

De acordo com Steven, a Air Lease só tem uma aeronave alugada para a Avianca, um A330-200 que opera na Colômbia, fabricado em 2009.

Para ele, a Avianca Brasil nunca foi uma cliente interessante para a empresa.

“Sentimos que eles não tinham uma posição de custo competitivo e penetração de mercado para se qualificarem para os nossos produtos”, disse Steven aos investidores que estavam no evento. “Foi uma decisão corporativa não fazer negócios com eles”, acrescentou.

Ainda emitindo sua opinião sobre o mercado brasileiro, Steven ressaltou que só há espaço para três companhias de grande porte no Brasil.

“Não sentimos que a empresa mais abaixo do mercado… tivesse a capacidade de competir com a GOL, TAM e Azul “, disse Steven.

Quando pressionado pelo moderador para comentar sobre a eficácia da Convenção da Cidade do Cabo, Udvar-Hazy responde: “A Cidade do Cabo, para nós, é uma cidade litorânea agradável na África do Sul”.

No final do dia, Roy Chandran, vice-presidente executivo de finanças corporativas e estratégia da Aircastle, empresa que tenta retomar aviões que estão operando na Avianca Brasil, disse aos investidores que seria prejudicial para o Brasil não se pronunciar a favor dos arrendadores.

“Em última análise, os tribunais devem prevalecer e devem aderir ao que a convenção diz, porque tem implicações mais amplas para o restante do setor de aviação brasileiro”, disse Chandran.

O Aircastle tenta reaver a posse de 10 aviões do modelo Airbus A320, em meio ao processo de recuperação judicial da companhia. Um A330 da Aircastle já foi devolvido, visto que a companhia conseguiu uma autorização judicial enquanto a companhia estava fora do regime de recuperação judicial.

Via – FlightGlobal