O primeiro Airbus A220-100 da Delta Airlines, anteriormente chamado de CS100, realizou no último sábado o primeiro voo de testes, em Mirabel, Québec. O voo teve quase 3 horas de duração e testou os principais sistemas da aeronave.
A aeronave continuará nos próximos dias com os testes de pré-entrega, antes da companhia receber esse avião ele ainda passará pela instalação do interior personalizado.
O primeiro A220 da Delta está programado para começar os voos comerciais no início de 2019, a primeira entrega deverá ocorrer ainda em 2018.
A Delta já divulgou, durante o evento de anúncio dos lucros, a primeira cidade que receberá as rotas do CS100, os aeroportos John F. Kennedy e LaGuardia, em Nova York, serão os primeiros que operarão com a nova aeronave da Delta. Atualmente a companhia americana realiza voos regionais para 58 cidades a partir de Nova York.
O esperado para o interior é uma configuração de 110 assentos em duas classes.
Esse é o primeiro avião, de uma encomenda para outros 75, com mais 50 opções de compra.
Polêmica
Em 2017 a Boeing entrou com um processo no Departamento de Comércio americano contra a Bombardier.
Na queixa, a Boeing tinha estimado que a Bombardier vendeu cada CS100 por 19,6 milhões de dólares, contra um custo de fabricação de US$ 33,2 milhões. No preço de catálogo de 2017, a aeronave era avaliada em 79,5 milhões de dólares. Contudo, o preço de catálogo nunca reflete o valor pago pelas empresas, que têm descontos consideráveis.
A Comissão Americana de Comércio Internacional (USITC) avaliou no início de 2018 que os impostos aplicados por Washington às aeronaves CSeries, da Bombardier, são injustificados, rejeitando assim o pedido da Boeing apoiada pelo Departamento de Comércio.
Dessa forma os aviões da Delta não serão taxados em quase 300%, ao entrarem nos Estados Unidos.
Junção com a Airbus
Em outubro de 2017, a Airbus adquiriu uma participação maioritária no programa CSeries da Bombardier e anunciou planos em mover a produção dos aviões CSeries destinados ao mercado americano em uma fábrica dela no Alabama, no sudeste dos Estados Unidos para serem vendidos para operadoras dos EUA a partir de 2019.
A linha de fabricação nos EUA foi um pedido da própria Delta, para amenizar qualquer recorrência de taxas durantes as entregas.
O resto da participação acionária foi dividido em 31% para a Bombardier e 19% pela Investissement Québec. Anteriormente a participação era dividida em 62% para a Bombardier e 38% para a Investissement Québec.
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