Não é novidade que a atual pandemia diminuiu drasticamente a demanda de viagens em todo o planeta, algo que deve durar pelo menos até 2023.
Além dos ajustes que estamos acompanhando nas companhias aéreas, para diminuir o tamanho da frota e reduzir o seu quadro de trabalho, também podemos observar uma redução das operações nas fabricantes de aeronaves, sendo que todas as três grandes já anunciaram medidas.
Um dessas medidas afeta a Airbus e a Boeing, onde as duas empresas cancelaram projetos para novas aeronaves, visto que no momento elas se concentram em sobreviver a uma desaceleração na demanda por novos aviões, que deve durar até meados desta década.
No entanto, vale ressaltar que o projeto de uma nova aeronave pode durar mais de 6 anos, e iniciar algo neste momento pode ser vantajoso no futuro. Como tudo na aviação, o desenvolvimento é lento e demorado, podendo ser prolongado como acompanhamos em vários projetos.
Boeing
A Boeing, que estava planejando alguns novos aviões para inserir no mercado, simplesmente paralisou temporariamente os seus projetos.
Antes, a Boeing estava estudando dois novos produtos, apelidados de NMA e FSA, respectivamente uma aeronave de 200 a 300 assentos e um substituto do 737 MAX.
Além disso, a Boeing também estava trabalhando em uma possível versão do 767 remotorizada, que estava em análise para substituir o projeto de uma aeronave totalmente nova no âmbito do NMA.
A Boeing se recusou a comentar projetos individuais à Reuters, mas negou qualquer interrupção.
“Continuaremos analisando o que o mercado futuro precisará e investindo em pesquisa e desenvolvimento”, disse um porta-voz.
“Vai demorar um pouco até anunciarmos um grande avião novo”, disse o executivo-chefe David Calhoun em 29 de abril. “É muito importante não lançarmos um… [novo] design no mercado agora.”
Airbus
Já a Airbus continua comprometida com o A321XLR, como ressaltamos na última semana, visto que as entregas continuam agendadas para a partir de 2023.
Porém, a Airbus diminuiu os estudos de aviões regionais com propulsão híbrida, visto que um acordo com a Rolls-Royce foi cancelada, sendo que a fabricante de motores inglesa declarou continuar com as pesquisas, mesmo na crise.
Os aviões do futuro, de propulsão elétrica ou híbrida, foram praticamente congelados, de acordo com a Airbus, mas a empresa continua trabalhando firme com versões cargueiras do A330neo e A350XWB, principalmente depois dessa alta na demanda.
“A Airbus está sempre olhando para novos conceitos com base nas plataformas existentes, mas é realmente prematuro especular sobre o escopo e o cronograma de futuras oportunidades de cargueiros da Airbus”, disse um porta-voz, recusando-se a comentar propostas específicas.
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