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Airbus envolve GE em projeto de aeronave de nova geração

Airbus

Ao longo dos últimos meses publicamos muito sobre as novas tecnologias que a Airbus está estudando para criar um novo avião narrobody, ou seja, a continuação da família A320.

E recentemente a Airbus solicitou para a GE Aviation algumas ideias de propulsão para seu novo avião. Isto segue a informação repassada por Guillaume Faury, falando sobre a criação de um novo avião narrowbody “do zero”.

Não está claro se a aeronave discutida seria um novo modelo ou uma atualização para um avião já existente, como o A220 e o A320neo. No entanto, essas aeronaves são bem atuais, e não precisam no momento de uma atualização.

A GE propôs o uso de um sistema de motor turbofan com caixa de engrenagens, como a família Pure Power da Pratt & Whitney, que considera um “projeto tecnologicamente preferido para o mercado de fuselagem estreita de próxima geração”. De acordo com a GE, esta tecnologia já está sendo desenvolvida pela empresa.

Na atual geração de aviões a GE Aviation preferiu um design convencional para seus motores, porém melhorando os materiais e aumentando a capacidade de geração de potência da parte quente, permitindo um maior by-pass do turbofan, e consequentemente, maior economia de combustível.

A Pratt & Whitney, por sua vez, preferiu o motor com caixa de engrenagens para o fan frontal, mesmo com todos os percalços que o desenvolvimento dessa tecnologia gerou para a empresa, a Airbus e os clientes desses motores.

Conceito ZEROe, com motores a reação queimando hidrogênio.

Também não está claro se esse novo projeto com a GE Aviation envolve o conceito apresentado recentemente pela Airbus, de um motor a reação propulsionado por uma mistura de hidrogênio e oxigênio, com uma queima limpa, livre de CO2. O mais provável é um motor adaptado ao QAV Convencional, ao bioquerosene e ao hidrogênio.

A Rolls-Royce também disse que está em contato com a Airbus para um novo avião narrowbody que está sendo desenvolvido. A RR está bem avançada nos estudos sobre motores com caixa de engrenagens e propulsão híbrida.

O desenvolvimento de um avião “do zero”, ou seja, não existente antes e com novas tecnologias, pode levar até 13 anos. Por esse motivo vemos uma agitação entre as empresas de aviação com foco na nova geração, mesmo que a atual ainda renda muitas encomendas.

 

Com informações de Bloomberg.

 

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Pedro Viana

Autor: Pedro Viana

Engenharia Aerospacial - Editor de foto e vídeo - Fotógrafo - Aeroflap

Categorias: Aeronaves, Empresas, Notícias