De acordo com o diretor comercial da Airbus, Christian Scherer, a empresa continua com planos para fabricar uma versão de Ultra Longo Alcance baseada no A321neo.
De acordo com Christian, a Airbus ainda está fazendo estudo sobre a nova versão, é possível que a empresa anuncie o A321XLR com novas encomendas já no Paris Air Show de 2019, que acontecerá em alguns dias.
Ao mesmo tempo o primeiro voo do A321XLR deverá ser realizado em 2023, de acordo com Scherer. A Airbus já esperava uma demora no lançamento comercial dessa aeronave, devido às alterações de engenharia, necessárias para ampliar o MTOW e alcance da aeronave.
Uma novidade que Scherer anunciou foi um possível upgrade no cockpit, para algo semelhante ao A350, mas esse ainda é totalmente um estudo da Airbus, visto que tiraria a padronização da aeronave em relação ao A321neo.
A Airbus está primeiro negociando com os clientes do A321neo e A321LR, para saber se há um interesse na versão capaz de realizar voos com mais de 8000 km de rota sem escalas. O foco é conseguir de 200 a 300 encomendas, para viabilizar o projeto, que requer diversas alterações no A321.
Os primeiros possíveis clientes já demonstraram interesse na aeronave. A United Airlines já divulgou em abril que o A321XLR é uma boa opção para substituir o Boeing 757, depois da entrevista de Christian Scherer, a Jetstar e o Grupo IAG elogiaram a proposta do novo avião.
A Jetstar, uma companhia aérea australiana, ressaltou que essa aeronave será capaz de fazer rotas entre a Austrália e o Japão, de maneira econômica e com baixo custo por voo. Atualmente a companhia utiliza o Boeing 787 nesses voos.
Já o Grupo IAG, que administra a British Airways e a Iberia, disse que o A321XLR permite que a companhia abra novos mercados, pela maior rentabilidade do voo, mesmo com uma ocupação não tão alta.
“Nós costumávamos voar para Recife, por exemplo – [nós] paramos há alguns anos atrás – então o avião encaixa em mercados que costumamos servir, provavelmente muito pequenos em termos relativos para os aviões A350 e A330”, disse o presidente-executivo do Grupo IAG, Willie Walsh.