Airbus quer atingir recorde de altitude com um planador

Foto - Airbus/Divulgação

A Airbus Perlan Mission II, uma iniciativa para levar um planador sem motor até o limite do espaço e coletar dados sobre mudanças climáticas, meteorologia e voos em altas altitudes, atingiu um novo patamar nesta semana. Em sua segunda temporada de voos de teste em El Calafate, na Argentina, os pilotos Jim Payne, Morgan Sandercock, Tim Gardner e Miguel Iturmendi comandaram o planador Perlan 2 pressurizado em uma série de voos, alcançando uma altitude máxima de 32.500 pés.

El Calafate, na região da Patagônia argentina, é um dos poucos lugares no mundo em que uma combinação de ventos de montanha e vórtice polar criam as “ondas estratosféricas de montanha” mais altas do mundo – elevando correntes de ar que os pilotos do Perlan acreditam conseguir levar, um dia, sua aeronave experimental até o limite do espaço.

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Nos próximos dois meses, a equipe de exploradores voluntários patrocinada pela Airbus buscará as raras ondas em uma tentativa de quebrar o recorde mundial de planagem em altitude de 50.727 pés, atingido por Einar Enevoldsen e Steve Fossett no Perlan 1, em 2006. Ao longo do caminho, a aeronave continuará coletando dados científicos sobre a atmosfera possibilitados pelos atributos exclusivos da aeronave Perlan 2.

“No mês passado, o mundo testemunhou mais um lembrete da importância da mudança climática, com o desprendimento da plataforma de gelo da Antártica de um iceberg do tamanho do estado de Delaware”, diz o CEO do Perlan Project, Ed Warnock. “O Airbus Perlan Mission II nos permitirá estudar uma ampla gama de fenômenos atmosféricos que essencialmente nos darão modelos mais precisos de nossa atmosfera superior e as mudanças climáticas que importam a todos os cidadãos do mundo”.

Foto – Airbus/Divulgação

O design sem motor do planador Perlan 2 permite que ele colete amostras de ar não contaminadas em diversas altitudes. Diferente de um balão meteorológico, ele pode ser direcionado, permanecer em uma área e decolar e pousar em um mesmo local.

Além de estudar fatores que influenciam a mudança climática, o Airbus Perlan Mission II também oferecerá dados sobre turbulência em alta altitude e efeitos da radiação sobre pilotos e aeronave.

Foto – Airbus/Divulgação

“À medida que a demanda por viagens aéreas aumenta e enfrentamos questões sobre como transportar uma crescente população de forma segura e mais eficiente, os dados que o Airbus Perlan Mission II coletará são inestimáveis”, afirma Allan McArtor, chairman da Airbus Américas. “As descobertas do Perlan nos ajudarão a moldar o futuro do setor aeroespacial com inovações relativas a design e engenharia, viagens aéreas mais eficientes e até ciência de ativação relativa a viagens para Marte”.

 

Espaço para a pilotagem

Curioso mesmo é o diminuto espaço para os dois pilotos que voam esse planador de asa gigante da Airbus, fatores de aerodinâmica limitaram muito a área frontal do nariz desse planador. Os pilotos entram na aeronave por uma janelinha redonda, com certeza uma pessoa com porte avantajado não passa ali.

Foto – Airbus/Divulgação

Como todos sabem, quanto maior o arrasto aerodinâmico, mais rapidamente a velocidade do objeto diminui, e isso é uma grande verdade, da mesma forma que a área também afeta o quanto de arrasto aerodinâmico você gera, por isso o Space Shuttle era um tijolo na hora do pouso.

Mas o Space Shuttle não conta neste caso, o mesmo tinha motores, apesar dos mesmos não serem funcionais durante a rápida descida dessa espaçonave. 

 

Acompanhe a missão

Acesse o link http://bit.ly/VirtualPerlan2 para ver voos ao vivo do Perlan 2 neste verão do hemisfério norte na Cabine de Comando Virtual do Airbus Perlan Mission II. Fique em dia com os horários de voo seguindo o Perlan Project no Twitter @PerlanProject e no Facebook www.facebook.com/perlanproject.

 

https://www.youtube.com/watch?v=ijVF9tMO3q0

 

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