A Airbus, um grande conglomerado europeu de aviação, sofreu recentemente diversos ataques à rede de empresas terceirizadas, ligadas a projetos da Airbus.

Uma publicação da Agência AFP, da França, aponta que forças de segurança da Europa declararam que os ataques são provenientes da China, e realizados contra as empresas Rolls-Royce e Expleo, além de mais duas empresas da França, que fornecem componentes para a Airbus.

Todos os ataques foram realizados remotamente, nos últimos 12 meses, utilizando de diversos métodos para “roubar informações”, um deles, os hackers acessavam a rede da Airbus “fingindo” ser uma empresa terceirizada, através de uma VPN que mascara os reais dados do computador e rede que estão tentando obter acesso.

Por enquanto a Airbus declara apenas que informações de seus colaboradores foram roubadas, e não aponta dados de engenharia e nem fez maiores pronunciamentos à imprensa.

Apesar de haver suspeitas do ataque ser proveniente da China, muitos servidores de VPN, que servem para mascarar o real IP da conexão, estão localizados no país asiático, e os ataques podem ser provenientes de outros países, ou de diversos países ao mesmo tempo.

“As empresas muito grandes (como a Airbus) estão muito bem protegidas, é difícil hackear, enquanto as pequenas são alvos mais fáceis”, explica Romain Bottan, diretor de segurança da BoostAerospace.

De acordo com uma fonte, a China está trabalhando ultimamente em desenvolver a aviônica e motorização das suas aeronaves, algo que o país ainda é fraco e depende de outros para os projetos de suas aeronaves.

Fontes indicaram que informações sobre o A400M e o A350XWB foram subtraídas pelos hackers, englobando projeto de motores e aviônica.

A China nega que tenha participado do ataque.

Um porta-voz da Airbus disse que a empresa, “monitora continuamente essas ameaças através de sistemas de detecção e pode tomar medidas imediatas e apropriadas para se proteger a todo momento”.