Aircastle quer recorrer da decisão jurídica sobre a Avianca e já fala em juros mais altos

A Aircastle, que está em uma disputa judicial com a Avianca Brasil para retomar a posse de 10 aeronaves, disse que planeja recorrer da última decisão do juiz Tiago Henrique Papaterra Limongi, promulgada na última sexta-feira (1º/02).

A companhia aérea terá que apresentar ainda neste mês uma proposta de recuperação da parte financeira, mas o juiz destacou que a empresa tem até meados de abril para apresentar uma proposta de pagamento para as empresas de leasing.

Em nota a Aircastle disse: “A decisão é contrária à lei brasileira, já bem estabelecida, e à Convenção da Cidade do Cabo, um tratado adotado pelo Brasil, que estabelece padrões internacionais para a reintegração de posse de aeronaves”. “A Aircastle pretende continuar buscando agressivamente seus direitos, incluindo o pedido imediato de apelação ao juiz contra a decisão.”

“Um sistema judicial previsível e uma estrutura confiável para a retomada de posse de aeronaves é o principal fator no custo e na oferta de capital para as companhias aéreas. A indústria aeronáutica do país se beneficiou com a adoção da Cidade do Cabo, atraindo capital estrangeiro significativo”, disse a empresa em comunicado.

“Enquanto estávamos totalmente preparados para uma decisão desfavorável, continuamos esperançosos de que o judiciário brasileiro respeitará o Estado de Direito e honrará suas obrigações sob a Convenção do Cabo. Ainda esperamos recuperar nossas aeronaves pontualmente”, disse o CEO da Aircastle, Mike Inglese. 

“Acreditamos que a decisão do juiz irá impactar negativamente a indústria de aviação civil do Brasil com custos mais altos e menos financiamento”, complementou Mike dizendo que os problemas enfrentados pela empresa na justiça brasileira podem refletir nos outros negócios que a empresa faz no Brasil.

 

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