Nesta última sexta-feira (09/10) a Alitalia passou oficialmente para as mãos do Governo Italiano. Um acordo foi fechado para criar uma newco, no contexto da recuperação da LATAM, para então criar uma nova companhia aérea, desvinculando a Alitalia de suas dívidas.

A nova companhia agora é a Italia Transporto Aereo, mas os governantes deixaram a opção de chamar pelo nome fantasia, Alitalia Ita, ou somente Alitalia.

Durante o lançamento os membros do governo ressaltaram bastante que escolheram gestores de alto nível.

“Começa uma nova história. Nasce a companhia aérea nacional que terá de assumir um papel de liderança no mercado europeu e internacional. Uma operação industrial ao serviço do país, que valorize as competências e o profissionalismo italiano, e que apoiará a competitividade das nossas empresas e do turismo. Um investimento por um futuro com mais Itália no mundo”, acrescentou a ministra de Infraestrutura, Paola De Micheli.

Enquanto isso, nenhum plano de reestruturação radical foi apresentado, a Alitalia segue operando voos com antes da pandemia, como em 2017, e ainda espera mais injeção de dinheiro estatal.

O governo anunciou anteriormente que deve investir 3 bilhões de euros na nova empresa, no entanto, a Alitalia (ou Italia Transporto Aereo) ainda aguarda esse montante, enquanto funciona inchada, operando poucos voos, e queimando cerca de dois milhões de euros por dia do seu caixa.

Recentemente Fabio Lazzerini, novo CEO da Alitalia, ressaltou que a companhia pode manter o seu padrão de voos e serviços. Isso significa que nas mãos do governo dificilmente a Alitalia será uma companhia no estilo Low Cost.

Anteriormente essa possibilidade estava sendo discutida, de uma redução no número de serviços não pagos, pela ampla concorrência com aéreas Low Cost. Essa era uma forma de adaptar a empresa aos novos tempos.

No entanto Lazzerini vê um horizonte no cenários das companhias aéreas “premium”, ou seja, que oferece um serviço completo. Da bagagem despachada até a comida a bordo.