Alitalia pode demitir mais de 2000 trabalhadores

O novo plano de reestruturação da Alitalia prevê cortar cerca de 16% de sua força de trabalho, o que levaria a demissão de 2000 funcionários da companhia, além de reduzir os salários de tripulantes em até um terço, numa última tentativa de tornar rentável a companhia aérea italiana, assim como reportaram algumas autoridades trabalhistas da Itália na última sexta-feira (17/03).

A principal transportadora italiana, que obteve lucro anual apenas algumas vezes em seus 70 anos de história, está em uma corrida contra o tempo para conquistar o apoio sindical para seu mais recente plano de retomar os lucros, procurando desbloquear financiamento e evitar ter que parar aviões de sua frota.

Os sindicatos, entretanto, convocaram uma greve de 24 horas para o dia 5 de abril, após discussões com a administração da Alitalia na sexta-feira. O plano da empresa inclui o corte de 2037 empregos, de uma força de trabalho total de 12500 funcionários, uma redução drástica de efetivo na companhia aérea.

“Este não é um plano para recuperar a empresa, mas apenas um exercício de redução de custos”, disse Emiliano Fiorentino, secretário nacional do sindicato Filt-Cisl. “É basicamente um plano de sobrevivência e, como tal, não é aceitável pelos funcionários.”

Segundo o plano, os comissários de bordo poderiam ter seu salário cortado em 32%, enquanto os pilotos sofreriam redução de 22 a 28%, disseram sindicatos. Além dos cortes nos salários, os sindicatos temem que os cortes afetem também os tripulantes da companhia.

 

Apesar de várias revisões e injeções de dinheiro ao longo dos anos, a Alitalia está perdendo pelo menos 500 mil euros por dia e pode ficar sem dinheiro nas próximas semanas, a menos que os acionistas da companhia concordem em gastar mais dinheiro, dizem as fontes.

A Alitalia, com 49% de participação da Etihad Airways, disse esta semana que espera voltar ao lucro até o final de 2019, somente se for possível o corte de custos estimado em 1 bilhão de euros nos próximos três anos, além de uma remodelação do seu modelo de negócios para voos de curta e média duração.

 

Via – Reuters

 

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