American Airlines justifica motivos para não utilizar o Airbus A380

Airbus A380

O Airbus A380 foi marcado por uma grande tentativa da Airbus de encontrar novos clientes para a aeronave, o avião realizou seu primeiro voo em 2005, e atualmente a maior cliente da aeronave é a Emirates, com cerca de 110 aviões deste modelo na sua frota, de 235 em atividade.

Enquanto para a Emirates esse modelo de avião parece ter funcionado muito bem, o vice-presidente de planejamento da maior companhia aérea do mundo, a American Airlines, afirma que esse avião não se encaixaria na frota da companhia, mesmo com seus super-hubs nos Estados Unidos.

De acordo com o vice-presidente de planejamento da American Airlines, Vasu Raja, o Airbus A380 era grande demais para a maior companhia aérea do mundo, mesmo que sua frota consiga oferecer a conectividade de 956 aeronave.

“O Boeing 777-300 é o avião de maior tamanho que se encaixa em nossa rede”, disse Raja ao Business Insider.

Os Boeing 777-300ER da American estão configurados com 304 assentos, em uma divisão de 3 classes com mais três opções de Economy, que totaliza 5 classes. Para colocar isso em perspectiva, os A380 da British Airways voam com 165 assentos a mais do que isso, enquanto alguns A380 da Emirates voam com até 615 assentos em duas classes, ou 520 em três classes.

De acordo com Raja, a estratégia de utilizar o A380 é complicada, pois a companhia foca em vários hubs, o que atrapalha na concentração da demanda. A companhia também aposta em um modelo de oferecer ao cliente mais opções de horários de voos, ao invés de mais oferta no mesmo voo.

A maioria dos operadores do avião possui essa característica. Por exemplo, a Emirates tem hub emo Dubai, a Singapore Airlines tem a Changi, o Catar tem a Doha e a Korean Air tem a Incheon.

“Tome a British Airways, por exemplo: para eles, eles canalizam o mundo para o aeroporto de Londres e os enviam”, disse Raja. “Eles são provavelmente a única companhia aérea onde o A380 legitimamente faz sentido econômico. Eles também são o maior operador do Boeing 747 pelo mesmo motivo.”

“A realidade é que não apenas canalizamos todo o nosso tráfego para um só hub”, disse ele. “Operamos em nove centros diferentes nos EUA e, por isso, não há um único hub onde você possa reunir 500 pessoas em demanda todos os dias e fazer isso funcionar.”

“A primeira questão seria quando compramos aviões, especialmente um novo tipo de avião, é a quantidade de infraestrutura necessária para utilizar essa aeronave”, disse Raja. “Você precisa ter um conjunto dedicado de pilotos, um regime de treinamento de pilotos, manutenção fixa, um programa de manutenção em torno dele, uma certa quantidade de peças de reposição.”

“Tudo isso é um enorme custo fixo, por isso queremos ter essa escala em várias unidades”, acrescentou Raja.

De acordo com Raja, acrescentar mais um modelo gera um custo fixo muito alto, e um risco incalculável para a American Airlines. Por este motivo, e também justificado pelo estilo de distribuição de passageiros, a companhia optou por ficar apenas na família 777, como sua aeronave de maior porte.

 

Via – Business Inside

 

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