Azul finaliza primeiro trimestre com melhor lucro entre as companhias aéreas do Brasil

Azul

A Azul S.A, grupo que compõe a Azul Linhas Aéreas (em ações – B3:AZUL4, NYSE:AZUL), anunciou hoje os resultados da empresa no primeiro trimestre de 2018 (“1T18”).

As informações financeiras apresentadas a seguir, exceto onde indicado, estão de acordo com as normas contábeis IFRS (International Financial Reporting Standards) e em reais. Os trimestres anteriores foram ajustados para refletir as novas normas contábeis do IFRS.

Um resumo do resultado está disponível na parte “Destaque” localizada abaixo, os dados completos estão dispostos abaixo. Para ver com ainda mais detalhes e tabelas clique aqui, para ser direcionado ao relatório financeiro divulgado pela companhia.

 

Destaque Financeiros e Operacionais do 1T18

  • Azul registrou resultado operacional de R$275,9 milhões, com margem de 12,5%, comparado com R$209,2 milhões e margem de 11,1% no 1T17. Este foi um resultado operacional recorde no primeiro trimestre para a Azul. 
  • Nosso EBITDAR aumentou em 20,8% para R$684,2 milhões, representando uma margem de 30,9%.
  • O lucro líquido totalizou R$210,5 milhões, comparado com R$58,4 milhões no 1T17, uma melhora de R$152,2 milhões. 
  • A receita de passageiros por ASK (PRASK) aumentou em 5,1% comparado com o 1T17, ou 12,5% ajustado pela etapa média.
  • Os passageiros-quilômetros transportados (RPKs) aumentaram 13,4% frente a um aumento de 12,2% na capacidade, resultando no crescimento da taxa de ocupação, que passou de 81,4% no 1T17 para 82,2% no 1T18.
  • As despesas operacionais por ASK, excluindo combustíveis (CASK ex-fuel), aumentaram 0,7%, enquanto o CASK total aumentou 3,4%, apesar do aumento de 21% no preço do combustível (WTI) e a depreciação de 3,2% do real na comparação anual.
  • As despesas financeiras diminuíram em 35,8%, de R$139,3 milhões para R$89,4 milhões.
  • No final do 1T18, a liquidez foi de R$3,4 bilhões, o que representa 42,4% da receita dos últimos 12 meses.
  • A frota operacional da Azul contava com 120 aeronaves no final do trimestre, uma redução líquida de duas aeronaves comparado com o 1T17.
  • Na comparação anual, o TudoAzul apresentou crescimento de 48% no seu faturamento bruto (excluindo a Azul).
  • A receita da Azul Cargo Express cresceu 61% comparado com o 1T17.

 

Receita Líquida

No trimestre findo em março, a Azul reportou uma receita líquida de R$2.213,4 milhões, crescimento de 17,8% comparado com o mesmo período do ano passado, devido principalmente ao aumento de 18,0% na receita de transporte de passageiros e ao crescimento de 14,8% em outras receitas.

Os passageiros-quilômetros transportados (RPKs) aumentaram em 13,4%, frente a um aumento de 12,2% na capacidade, levando a uma taxa de ocupação de 82,2%, um ponto percentual maior que o 1T17, enquanto que tivemos uma expansão no yield de 4,1% na comparação anual, resultando em um aumento de 5,1% no PRASK.

Adicionalmente, a nossa etapa média aumentou 14,6% comparado com março passado, totalizando 1.010 km nesse ano. Ajustando por esse crescimento, o PRASK teria aumentado 12,5% ano contra ano.

As outras receitas aumentaram em 14,8%, ou R$13,1 milhões, principalmente devido ao aumento de 61% nas receitas de cargas, parcialmente compensado pela redução da receita com subarrendamento de aeronaves de R$29,5 milhões no 1T17 para R$25,0 milhões no 1T18.

A receita líquida total por ASK (RASK) aumentou 5,0%, de 29,42 centavos no 1T17 para 30,89 centavos nesse trimestre.

 

Custos e Despesas Operacionais

Os custos e despesas operacionais totalizaram R$1.937,5 milhões, representando um aumento de 16,1% em relação ao 1T17. Os custos por ASK (CASK) aumentaram em 3,4% para 27,04 centavos.

Excluindo a despesa com combustível, o CASK aumentou 0,7%, principalmente devido à depreciação de 3,2% do real comparado ao dólar americano.

Confira abaixo a composição das despesas operacionais:

  • Combustível de aviação aumentou em 23,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$577,2 milhões, devido principalmente ao crescimento de 15,1% no preço do combustível por litro e do aumento de 12,2% em ASKs. Como resultado da introdução dos A320neos, que são mais eficientes na queima de combustível, o consumo de combustível aumentou apenas 7,7% comparado com o 1T17. Em termos de ASK, combustível de aviação aumentou 10,4% devido às razões acima.
  • Salários e benefícios registraram um aumento de 15,1% ou R$43,8 milhões na comparação anual, principalmente devido (i) ao aumento de 5,5% na quantidade de tripulantes, de 10.465 para 11.038, relacionado à introdução dos A320neo em nossa frota, e (ii) ao aumento de 2,5% em salários em decorrência dos acordos de negociação coletiva com sindicatos, aplicáveis a todos os empregados das companhias aéreas do Brasil em 2018. Em termos de ASK, os salários e os benefícios aumentaram em 2,5%.
  • Arrendamentos mercantis de aeronaves e outros totalizaram R$327,1 milhões no 1T18, 16,6% acima do mesmo período do ano passado, devido principalmente ao aumento no número médio de aeronaves em arrendamento operacional, de 105 no 1T17 para 120 no 1T18, e à depreciação média de 3,2% do real em relação ao dólar. Em termos de ASK, arrendamento mercantil de aeronaves e outros aumentou em 3,9% comparado ao 1T17.
  • Tarifas aeroportuárias aumentaram em 26,0% ou R$29,9 milhões no 1T18, devido principalmente ao aumento no número de decolagens internacionais, representando 2,8% do total de decolagens, comparado com menos de um por cento no 1T17. As tarifas aeroportuárias por ASK aumentaram em 12,3%.
  • Prestação de serviço de tráfego aumentaram em 16,6% ou R$13,9 milhões, devido principalmente ao aumento dos voos internacionais, que possuem maiores despesas com catering que os voos domésticos. Em termos de ASK, as despesas com prestação de serviço de tráfego aumentaram 3,8%.
  • Comerciais e publicidade aumentaram em 21,1% ou R$14,7 milhões, devido principalmente (i) ao aumento de 18,0% na receita de passageiros, levando ao crescimento das tarifas de cartão de crédito e comissões, (ii) à forte demanda por voos internacionais, que apresentam custo de distribuição mais alto, e (iii) ao aumento nas comissões de carga, como resultado do crescimento de 61% na receita deste segmento. Em termos de ASK, as despesas comerciais e de publicidade aumentaram 7,9%.
  • Materiais de manutenção e reparo diminuíram em 15,6% ou R$22,7 milhões, principalmente devido (i) a renegociações de contratos com fornecedores, (ii) maiores investimentos em peças de reposição, e (iii) internalização de certas atividades de manutenção dos E-Jets. Em termos de ASK, materiais de manutenção e reparo reduziram 24,8%.
  • Depreciação e amortização aumentaram em 6,0% ou R$4,6 milhões, devido ao aumento nos eventos de manutenção de motores relacionados às aeronaves próprias durante o período. Em termos de ASK, a depreciação e amortização diminuíram em 5,6%.
  • Outras despesas operacionais aumentaram em 18,4%, ou R$26,0 milhões, devido principalmente (i) às maiores despesas relacionadas ao treinamento durante o período de maturação dos A320neos, e (ii) ao ganho de R$6,0 milhões relacionado às transações de venda de aeronaves no 1T17 comparado com nenhum ganho relacionado a venda de aeronaves no 1T18. Em uma base por ASK, as outras despesas operacionais aumentaram em 5,5%.

 

Resultado não operacional

As receitas financeiras aumentaram 54,3%, totalizando R$12,4 milhões, principalmente em decorrência do aumento no caixa, equivalentes de caixa, aplicações financeiras circulantes e não circulantes, que passou de R$1.517,3 milhões em 31 de março de 2017 para R$2.277,0 milhões em 31 de março de 2018, parcialmente compensado pela redução do CDI médio no período, passando de 12,1% no 1T17 para 6,6% no 1T18.

As despesas financeiras diminuíram em 35,8%, totalizando R$89,4 milhões, em decorrência de (i) redução de 8,8% no saldo da dívida bruta, totalizando R$3.387,6 milhões em 31 de março de 2018, comparado com R$3.715,9 milhões em 31 de março de 2017, produzindo despesas financeiras mais baixas, (ii) redução do CDI médio no período, passando de 12,1% no 1T17 para 6,6% no 1T18, e (iii) redução nas despesas relacionadas a adiantamentos de recebíveis de cartão de crédito, de R$20,2 milhões para R$2,4 milhões.

Os instrumentos financeiros derivativos resultaram em um ganho de R$13,5 milhões no 1T18 em comparação com a perda de R$52,2 milhões no mesmo período do ano passado, devido principalmente ao ganho das operações de hedge de combustível, câmbio e juros. A Azul utiliza instrumentos financeiros para proteger seu fluxo de caixa futuro das variações cambiais e das flutuações das taxas de juros.

A Azul reduziu sua despesa financeira líquida em 59,3% no trimestre findo em março, de R$156,5 milhões no 1T17, para R$63,7 milhões no 1T18.

 

Frota e Investimentos

Em 31 de março de 2018, a Azul possuía uma frota operacional de 120 aeronaves, composta por 66 E-Jets, 33 ATRs, 14 A320neos e sete A330s, com idade média de 5,6 anos para toda a frota.

A frota contratual da Companhia totalizou 146 aeronaves, das quais 26 estavam sob arrendamento financeiro e 120 sob arrendamento operacional. As 26 aeronaves não incluídas em nossa frota operacional consistem em 15 aeronaves subarrendadas para a TAP, quatro E-Jets e sete ATRs em processo de saída de nossa frota.

As tabelas a seguir apresentam a composição detalhada da frota total da Azul:

 

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