A Azul realizou hoje o Azul Day 2020, um dia específico para se reunir com investidores, e apresentar um panorama sobre o ano que passou e também as perspectivas de futuro da companhia.

E na apresentação das perspectivas futuras, a Azul indicou que espera começar a ter um aumento real da lucratividade somente em 2022, apesar de alguns indicativos da aviação nacional indicar uma recuperação completa do mercado doméstico ainda em 2021.

Juntamente com o aumento dos lucros a partir de 2022, a companhia também estima que começará uma expansão a partir do mesmo ano.

Para se reformular até 2022, e conseguir atingir os lucros, a Azul vai apostar em uma série de mudanças. Do lado dos consumidores, a Azul espera recuperar parte da demanda perdida com o segmento corporativo através do mercado de lazer, e até mesmo readaptando as rotas para um possível novo comportamento do consumido.

Mesmo com a queda da demanda do mercado corporativo, estima-se um EBITDA para 2022 superior ao EBITDA de 2019.

A companhia também espera avançar na recuperação a partir da menor sobreposição de malha aérea, permitindo que ela ganhe mercado onde há déficit de oferta por falta de outras companhias. Além disso, o codeshare da LATAM pode ajudar a ganhar mais consumidores pelo aumento de conectividade nas capitais, são 178 rotas combinadas e sem escalas.

Ao final de 2021, a Azul espera ter um caixa maior em relação ao mesmo período de 2020, além disso, no próximo ano a companhia deve parar de queimar caixa para manter as operações.

A Azul Cargo terá uma grande importância na recuperação da companhia. A demanda do comércio eletrônico está aumentando, e a Azul espera um potencial crescimento da divisão cargueira em 2021, com aumento da lucratividade mesmo após 2022.

Atualmente a Azul tem 17 aeronaves Cessna Grand Caravan na sua frota, 33 aviões do modelo ATR 72-600, 53 aeronaves Embraer E-Jet (sendo 7 delas E-Jet E2), 42 aviões da família Airbus A320neo, e mais 12 aviões Airbus A330neo.