Azul tenta entrar novamente em bolsa de valores do Brasil e dos Estados Unidos

Nesta segunda-feira (06/02), a Azul submeteu uma avaliação à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de São Paulo para alterar sua situação para companhia aberta e assim conseguir ingressar no processo de Oferta Pública Inicial de ações (IPO). A Azul também apresentou seus recursos para a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC).

A bolsa de valores que a Azul irá entrar nos Estados Unidos é a de Nova York (NYSE), através do tipo ADS (American Depositary Share), quando as ações de uma companhia estrangeira é listada em dólar. No Brasil as ações da Azul serão listadas em Real e serão ações preferenciais.

Nessa divisão para abrir ações no mercado da Bolsa de Valores, cerca de 50% do valor da companhia ficará nas mãos dos diretores e funcionários, que poderão optar por comprar essa porcentagem de ações, as outras 10 ou 20% das ações ficarão na mão de investidores não institucionais.

O documento submetido pela Azul não declara o quanto a companhia espera receber com essa oferta inicial e nem o valor inicial das ações, mas  esclarece que David Neeleman será o controlador da empresa.

David Neeleman continua como controlador da Companhia. Foto – Paulo Whitaker/Reuters

Atualmente a Azul é sócia da TAP Portugal, desde que esta última foi adquirida por Neeleman em 2015. A Azul tem como sócios alguns fundos de investimento, a United Airlines que detêm 5% da companhia, e a chinesa NHA que detêm cerca de 23% das ações.

Em novembro a Aeroflap divulgou a expectativa da Azul de entrar na Bolsa de Valores Brasileira em 2017, após três tentativas abandonadas. No antigo projeto da Azul para entrar na Bolsa de Valores, o estimado para ser arrecadado somente na entrada foi próximo de R$ 1 Bilhão, com mais aeronaves na frota e mais rotas esse valor pode superar 1 bilhão de reais. Em 2015 a chinesa NHA comprou 23,7% da Azul por 1,7 bilhão de reais.

A Azul encerrou 2016 com 139 aviões na frota e prejuízo de 126 milhões de reais em 2016, com faturamento total de 6,67 bilhões de reais.

A única companhia brasileira que oferece ações na bolsa de valores atualmente é a GOL Linhas Aéreas.

 

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