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Boeing 777F da Lufthansa realizará voo com combustível 100% renovável

Boeing 777

Pela primeira vez na história da aviação um voo cargueiro é realizado com 100% de combustível sustentável. O combustível é neutro em CO2 e irá ser operado pelo Boeing 777F da Lufthansa Cargo.

O 777 tem partida programada para o domingo (06/12) de Frankfurt na Alemanha, tendo como destino Xangai na China. Esse voo será abastecido inteiramente com uma mistura de combustível 100% sustentável, se tornando o primeiro sob essas condições.

O CEO da Lufthansa Cargo, Peter Gerber, ressaltou o grande marco que a empresa está realizando em prol das melhorias na aviação. “Um marco porque é o primeiro voo desse tipo que terá voado 100% neutro em CO2”.

Quando se refere a combustível 100% sustentável, é um combustível produzido a partir da biomassa. A biomassa é composta de materiais orgânicos de origem animal ou vegetal que se é utilizada para produção de tipos de energia. Sendo assim ela é um resultado de uma decomposição de vários recursos renováveis como plantas, madeira, restos de alimento e até lixo.

Futuramente espera-se que combustíveis renováveis sem qualquer base em plantas também estarão disponíveis ao mercado. Utilizando combustíveis renováveis, todas as emissões que são causadas por combustíveis convencionais são previamente eliminadas. 

Ao todo estima-se que uma redução de 65% a 95% seja alcançada com os combustíveis renováveis em relação aos fósseis, segundo consta em um relatório de pesquisa da Lombard Odier.

Mesmo com quantidades de elementos renováveis é acrescido apenas uma parte de Biocombustível que é adicionada junto ao querosene tradicional. Essa mistura tem sido chamada de combustível drop-in.

A parceria para desenvolvimento de novos combustíveis é entre a DB Schenker e Lufthansa Cargo. As empresas afirmaram que o voo se torna neutro em relação ao CO2 porque as empresas afirmam que compensaram suas emissões com reflorestamento e injeção de biomassa em outros voos a um nível que corresponde a uma viagem de volta a Xangai.

As empresas tem um acordo de intenção em trabalhar em conjunto para desenvolver uma “Estratégia de Emissão de Carbono Zero para 2050”. Por outro lado, grupos ambientais dizem que o uso de biomassa não é um bom uso de recursos agrícolas. 

Segundo o Greenpeace, substituir metade dos combustíveis fósseis por biocombustíveis precisaria de cerca de um terço de plantações agrícolas no mundo. Ainda segundo o Greenpeace, isso ocasionaria uma expansão sem precedentes com enormes áreas adicionais de florestas a serem exploradas. 

Com tudo isso, afirma os especialistas, teriam um efeito prejudicial na biodiversidade. Por outro lado a Lombard Odier disse que os primeiros biocombustíveis são economicamente inviáveis em relação aos convencionais. Segundo a Lombard, um novo combustível desenvolvido poderia torna-lo mais viável.  

 

 

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