A fabricante norte-americana Boeing tomou um duro golpe na última semana, depois que três empresas da China anunciaram uma mega encomenda de quase 300 aviões para sua concorrente direta Airbus.
A empresa aeroespacial dos EUA acredita que o pedido para a Airbus foi influenciado por disputas geopolíticas e citou alguns exemplos.
“O anúncio de hoje é um exemplo de como o diálogo construtivo entre governos incentiva a criação de empregos e outros benefícios que resultam de mercados aeroespaciais abertos”, diz a Boeing.
“Como um dos principais exportadores dos EUA com um relacionamento de 50 anos com a indústria de aviação da China, é decepcionante que as diferenças geopolíticas continuem a restringir as exportações de aeronaves dos EUA. Continuamos a exigir um diálogo produtivo entre os governos, devido aos benefícios econômicos mútuos de uma próspera indústria de aviação.”
“As vendas de aeronaves da Boeing para a China historicamente sustentam dezenas de milhares de empregos americanos, e esperamos que os pedidos e entregas sejam retomados prontamente”, completou.
A Boeing citou em comunicado que entregou apenas três aeronaves em 2021 e uma apenas em 2022 contra 150 e 47 da Airbus respectivamente.
Além disso a fabricante norte-americana citou o exemplo de seu 737 MAX, que em 2019 teve a Autoridade de Aviação da China como o primeiro órgão a suspender as autorizações de voo do modelo.
Em quase todo o mundo, o Boeing 737 MAX já retomou seus voos regulares, e a China mesmo sendo o segundo maior mercado, ainda não retomou. A certificação do modelo aconteceu ao final de 2021, mas ainda não há voos operados regularmente.
Segundo o Flight Global, os pontos de discórdia geopolítica vão desde questões relacionadas ao comércio a espionagem e até mesmo o histórico de direitos humanos e politica extrema na China.
Os esforços dos EUA em conquistar alianças buscando combater o grande volume de armas chinesas e reivindicações territoriais, não agradaram ao país. Estão inclusas nas discussões e motivos que a China não mantem boa relação com os EUA, a venda de equipamentos de defesa que a Boeing fabrica para Taiwan.
Com informações da Flight Global.
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