A Boeing divulgou nesta semana os seus resultados financeiros do 3º trimestre. Conjuntamente os diretores da empresa também explicaram a situação do Boeing 787, devido às paralisações nas entregas que estão afetando a parte financeira da empresa norte-americana.
As entregas do 787 estão paralisadas desde o final de 2020, após a FAA e a Boeing encontrarem rachaduras em fuselagens de algumas aeronaves recém-produzidas, e entregues aos clientes. Desde então a Boeing e suas fornecedoras trabalham em uma solução para aprimorar o controle de qualidade.
Somente em um pequeno período de 2021, entre março e maio, a empresa norte-americana entregou aviões 787 Dreamliner, acumulando 14 aviões entregues em 2021. Porém, desde maio a Boeing não entrega aeronaves deste modelo, e trabalha para aprimorar o controle de qualidade.
No início deste mês, a Boeing revelou que certas peças de titânio em alguns aviões 787 construídos nos últimos três anos não estavam de acordo com o padrão de qualidade, citando problemas com um fornecedor terceirizado.
Somente no 3º trimestre a Boeing teve um gasto de US$ 183 milhões para manter o programa sem ter entregas, além de realizar as correções nas aeronaves já produzidas. A empresa espera que os problemas de produção e correções do 787 Dreamliner custem cerca de US$ 1 bilhão para a empresa.
“A empresa continua a concentrar os recursos de produção do 787 na realização de inspeções e retrabalho e continua a se envolver em discussões detalhadas com a FAA sobre as ações necessárias para retomar a entrega”, disse a Boeing.
Atualmente mais de 100 aviões do modelo 787 Dreamliner estão estocados nas instalações da Boeing, isso significa que a empresa deixou de arrecadar 9 bilhões em receita em 2020 e 2021, somente com esse problema. Todos esses aviões deverão passar por um novo controle de qualidade antes da entrega.
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