A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) anunciou nesta terça-feira (15) que realizará as inspeções finais no 787 Dreamliner após a descoberta de rachaduras em fuselagens produzidas, impedindo que a Boeing realize a certificação por meios próprios.

Conforme relatado pela Reuters, a FAA disse que já notificou a Boeing sobre a decisão de que manterá a autoridade na emissão dos certificados de aeronavegabilidade até que o regulador esteja confiante que os processos de qualidade e fabricação da Boeing no 787 atendam aos padrões de design da FAA.

Por outro lado, a Boeing anunciou que dará continuidade “em um trabalho transparente através processos detalhados e rigorosos da FAA”.

Agora, em busca de reconquistar a confiabilidade, a fabricante norte-americana espera que as entregas retomem de imediato, para que a disputa de entregas de aeronaves de longo curso contra a sua maior rival, a Airbus, ganhe mais força para que a Boeing possa cogitar ter o maior número de aeronaves entregues em 2022. 

Com a entrega do 787 suspensa desde maio do ano passado, a Boeing realizou um amplo trabalho para desenvolver uma solução para os problemas de produção do 787, o que poderá incluir mudanças de fábrica e nos processos de fabricação.

Em decorrência dos atrasos, a Boeing está tendo de lidar com o pagamento de multas para operadores aéreos que esperavam contar com novas unidades do 787.

Além dos problemas de fabricação do 787, a Boeing também está enfrentando problemas com os seus fornecedores de peças, o que pode gerar desconfiança na aquisição de novas aeronaves do modelo.

Uma investigação foi iniciada na Itália no final do ano passado com base nas acusações da fabricante norte-americana contra a Manufacturing Process Specification (MPS). A investigação surgiu após a fabricante acusar a MPS de fabricar e fornecer peças com defeitos para a linha de jatos 787.

Com informações: Reuters