Boeing interrompe voos com o 737 MAX por problemas nos motores

Boeing 737 MAX
Foto - Paul Gordon/Boeing

Com a primeira entrega marcada para a próxima semana, a Boeing suspendeu os voos com o 737 MAX 8 por problemas nos motores CFM Leap-1B, assim como apontou o noticiário do Bloomberg na tarde desta quarta-feira (10/05). A proibição deriva de uma notificação da CFM International, ela relatou que encontrou problemas de fabricação nos discos da turbina de baixa pressão do motor Leap.

A falha foi apontada através de uma inspeção no motor na linha de montagem final. O problema não afetou a certificação da aeronave, que foi homologada em março, porém a Boeing e a CFM decidiram tomar essa medida cautelosa para evitar problemas nas operações, como está ocorrendo agora com o A320neo equipado com motores Pure Power, da Pratt & Whitney.

“Em nenhum momento experimentamos um problema associado ao LPT durante nosso programa de testes do 737 MAX”, disse Doug Alder, porta-voz da Boeing. “Por uma abundância de cautela, decidimos suspender temporariamente os voos com o MAX.”

A Boeing não declarou se as aeronaves direcionadas para a Southwest e Norwegian sofrerão com os atrasos, enquanto a GE busca corrigir os motores defeituosos.

A LPT (Low Pressure Turbine) do motor Leap-1B é projetada pela Snecma, uma parceira da joint venture CFM. Esse componente é composto por lâminas de alumineto de titânio, embora o mesmo material não seja encontrado nos discos afetados.

Cerca de 30 motores serão inspecionados nos Estados Unidos e na França. Enquanto isso, a produção continuará usando discos de um fornecedor separado, disse Rick Kennedy, porta-voz da GE.

A Boeing realizou mais de 2000 horas de voos com o 737 MAX durante o período de testes, todos movidos com motores CFM Leap-1B de 27000 lb. Em abril a Boeing completou a certificação para o ETOPS de 180 minutos, com simulação de 3000 ciclos em bancada de testes para certificar a confiabilidade de operação do motor.

A Batik Air, uma companhia braço da Malindo Air, será responsável por receber a primeira aeronave, no dia 15 de maio, as operações iriam iniciar já no dia 17 de maio com voos de curta distância, caso não fosse esse aviso da Boeing. A primeira entrega ainda está mantida pela Boeing.

A proibição temporária de voos comerciais resultou em uma queda das ações da Boeing e também da GE, na tarde desta quarta-feira. A Boeing tinha suas ações com queda de 2,1% às 14h41, em Nova York. A GE também estava em queda de 0,8% no mesmo horário.

 

Via – Bloomberg

 

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