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Boeing planeja demitir centenas de engenheiros

Boeing 737

A Boeing planeja despedir centenas de engenheiros no estado de Washington e em outros locais, e pode eliminar ainda mais postos de trabalho neste ano. A desaceleração das vendas de aeronaves é a grande causa da Boeing demitir tantos trabalhadores e principalmente em setores estratégicos, como o de engenharia.

Nesta sexta-feira cerca de 305 engenheiros e técnicos da empresa deverão assinar um documento de demissão voluntária, a Boeing afirma que é possível fazer ainda mais cortes no setor de engenharia, isso só depende do “ambiente de negócios e da quantidade de desgaste voluntário”, disse John Hamilton, vice-presidente de engenharia da unidade de aviões comerciais.

Em 2016 a Boeing demitiu 1332 trabalhadores, com base no centro de manufatura da empresa em Seattle. O número total de funcionários da empresa foi reduzido em 7,6% desde março de 2016. Atualmente a Boeing tem 70,6 mil funcionários trabalhando em Everett, Seattle e Renton, com um total de 146,9 mil funcionários em todas as suas unidades no mundo.

Fabrica da Boeing em Everett. Foto – Boeing

Em 2016 a receita da Boeing também caiu 1,6%, e registrou 94,6 bilhões de dólares. A empresa justifica essa queda com a desaceleração das vendas das aeronaves 767, 747 e 777, enquanto isso a Boeing planeja aumentar a produção do 787 de 12 aeronaves por mês para 14. A queda na produção do 777 é temporária, na avaliação da Boeing, e se deve ao encontro de duas gerações, em breve a Boeing deverá entregar o primeiro 777-9X para uma companhia aérea.

Para enxugar suas perdas e manter a empresa lucrativa mesmo com a demanda por novas aeronaves de grande porte caindo, a Boeing reduziu o número de trabalhadores e está trabalhando para diminuir os custos dos fornecedores, inclusive fez alterações no projeto do 737 MAX para simplificar a produção.

Em junho deste ano mais 1500 mecânicos deverão ser demitidos através do programa de demissão voluntária. Líderes sindicais estão buscando mais detalhes sobre as posições cortadas e os trabalhadores afetados, para evitar demissões sem assistência aos funcionários.

 

Via – Bloomberg

 

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