A Boeing divulgou nesta quarta-feira (24/04) os seus dados financeiros relativos ao primeiro trimestre de 2019 (1T19), que apresenta uma receita abaixo do esperado, em comparação com o mesmo período de 2018, e sem algum crescimento, refletindo a suspensão das entregas do 737 MAX, em vigor desde março.
A Boeing obteve uma receita de US$ 22,9 bilhões no primeiro trimestre, com um fluxo de caixa operacional de US$ 2,8 bilhões e pagou US$ 1,2 bilhão em dividendos.
O desempenho operacional do trimestre foi garantido pelos principais ganhos em defesa, pelo forte desempenho comercial widebody, pelos pedidos, pelo contínuo crescimento robusto dos serviços e pelo recebimento da aprovação dos acionistas da Embraer para a parceria estratégica proposta.
A companhia recomprou 6,1 milhões de ações por US $ 2,3 bilhões no trimestre, todas ocorridas antes de meados de março.
Apesar do cenário negativo, a empresa obteve um lucro líquido de US$ 2,149 bilhões no 1T19, cerca de 13% menor em comparação com 2018.
No 1T19 a Boeing entregou 149 aviões, contra 184 aeronaves no mesmo período do ano passado, demonstrando como quase um mês de paralisação das entregas pode afetar os resultados da empresa seriamente.
A taxa de produção do 787 aumentou para 14 aviões por mês, e a empresa recebeu vários pedidos para aviões de grande porte durante o trimestre, incluindo pedidos de 18 aviões 777X para a IAG, empresa controladora da British Airways, 20 787 aviões para a Lufthansa e 10 787 aviões para a Bamboo Airways.
O primeiro avião de teste de voo 777X saiu da fábrica, e o programa continua no caminho para testes de voo neste ano e a primeira entrega em 2020.
O backlog de aviões comerciais continua sem alterações, com mais de 5600 encomendas firmes avaliados em US$ 399 bilhões.
A companhia ressaltou que os resultados de 2019 não podem ser metidos por enquanto baseados na paralisação do 737 MAX, visto que a empresa pretende retomar as entregas em breve, e a produção da aeronave continua sendo realizada.
“A orientação financeira de 2019 anteriormente emitida não reflete os impactos do 737 MAX. Devido à incerteza do tempo e condições em torno do retorno ao serviço da frota do 737 MAX, novas orientações serão emitidas em uma data futura.”, disse a Boeing.
Resumo dos Resultados financeiros do 1T19 | |||
(Em milhões, exceto por dados de ações) | 2019 | 2018 | |
Vendas de produtos | US$ 20225 | US$ 20.820 | |
Vendas de serviços | 2,692 | 2,562 | |
Receitas totais | 22.917 | 23.382 | |
Custo dos produtos | (16.238) | (16.816) | |
Custo dos serviços | (2.389) | (1,992) | |
Despesa de juros da Boeing Capital | (18) | (16) | |
Custos e despesas totais | (18.645) | (18.824) | |
4,272 | 4,558 | ||
Resultado de investimentos operacionais, líquido | 20 | 74 | |
Despesas gerais e administrativas | (1.184) | (997) | |
Despesa com pesquisa e desenvolvimento, líquida | (866) | (764) | |
Ganho em disposições, líquido | 108 | 4 | |
Lucro das operações | 2,350 | 2,875 | |
Outras receitas líquidas | 106 | 66 | |
Juros e despesas da dívida | (123) | (102) | |
Lucro antes do imposto de renda | 2,333 | 2,839 | |
Despesa de imposto de renda | (184) | (362) | |
Lucro líquido | US$ 2.149 | US$ 2.477 | |
Lucro básico por ação | US$ 3,79 | US$ 4,19 | |
O lucro diluído por ação | US$ 3,75 | US$ 4,15 | |
Média diluída de ações ponderadas (milhões) | 572,4 | 597,2 |
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