Apesar de não lançar o NMA no Paris Airshow, e falar pouco da aeronave durante as coletivas de imprensa, a Boeing continua no seu trabalho de projetar a nova aeronave, que deve concorrer justamente com as opções da Airbus.
A Boeing continua com o foco em projetar uma aeronave que atenda aos requisitos de um narrowbody de nova geração, com maior autonomia e conforto, mas que consiga também competir no mercado dos widebody de menor tamanho, como o 787-8 e o A330-800neo.
De acordo com o presidente executivo da Air Lease, Steven Udvar-Hazy, a Boeing tem centenas de pessoas trabalhando neste projeto no momento, apesar dos problemas que fizeram a empresa deslocar trabalhadores para o projeto do 737 MAX.
Da mesma maneira, a ALC entende que o A321XLR pode não atender a demanda de todas as companhias, ou parte dela, como a United citando que o A321XLR não é adequado para substituir o Boeing 767. A confiança no sucesso do NMA é bastante evidente nas empresas da área.
“Nós sempre pensamos que o NMA é um pouco maior que o A321XLR. Pense no tamanho do 767-300”, disse o diretor-executivo da GE Aviation, David Joyce. “Todos os estudos que fizemos, com a Boeing e por conta própria, na verdade estão começando com a versão ‘-7’ – que é o tamanho médio – e não o ‘-6’, por uma razão.”
O tamanho -6 do jato seria comparável, em capacidade, ao A321neo, mas a Boeing quer apostar forte em um mercado de 230 a 270 passageiros com duas versões distintas, atendendo amplamente às demandas das companhias aéreas.
Joyce acrescentou que a Boeing quer oferecer uma opção única de motor para o NMA, assim como a Airbus fez no A330neo e no A350XWB, para facilitar a certificação e padronizar a produção do jato. A fabricante norte-americana ainda vai decidir se escolher uma propulsão da CFM ou da Pratt & Whitney.
O objetivo da Boeing é utilizar um motor de nova geração, uma evolução dos motores atuais que equipam o Boeing 737 MAX e o Airbus A320neo.
O vice-presidente de marketing comercial da Boeing, Randy Tinseth, disse que o foco da empresa no momento é o retorno seguro do 737 MAX, o produto mais vendido da Boeing, mas que o cronograma para o NMA permanece estável: “Nossos planos são de olhar para potenciais encomendas do NMA neste ano, e a entrada em serviço seria por volta de 2025, então esses planos não mudaram”.
Via – FlightGlobal