Bombardier será uma empresa apenas de jatos executivos

Bombardier Global 6000

Com a conclusão da venda de sua divisão ferroviária, a Bombardier tornou-se uma empresa voltada exclusivamente aos jatos executivos. A empresa francesa Alstom adquiriu a divisão ferroviária da Bombardier, gerando uma receita de US$ 3,6 bilhões à fabricante canadense. 

Mesmo assim o número ainda está abaixo dos US$ 4 bi. estimados anteriormente. Segundo a companhia, a queda no valor é resultado de condições desfavoráveis do mercado.
A receita total da empresa é de US$ 6 bilhões, também abaixo dos US$ 6,2 prospectados. 

Dos US$6 bilhões, US$ 2,5 bilhões vão para a Caisse de depot et placement du Quebec, uma administradora de seguros e planos de previdência que possuía uma participação no negócio, diz a Bombardier. Isso deixa a Bombardier com cerca de US$ 3,6 bilhões, dos quais cerca de US$ 600 milhões estão na forma de ações da Alstom.

“Com esta transação agora concluída, a Bombardier inicia um novo capítulo empolgante focado exclusivamente no projeto, construção e manutenção dos melhores jatos executivos do mundo”, disse o presidente-executivo Eric Martel.

“Temos uma base sólida para construir à medida que usamos os resultados da transação para começar a enfrentar os desafios do nosso balanço patrimonial por meio do pagamento da dívida”, completou o executivo. 

A venda ajudará a Bombardier a saldar dívidas de longo prazo, que, segundo a empresa, estão na casa dos US$ 10,1 bilhões. 

Para concluir o desenvolvimento do jato comercial C-Series, a Bombardier assumiu grandes responsabilidades. A Airbus adquiriu a participação majoritária do programa que enfrentava problemas financeiros, e rebatizou a aeronave como A220.

Inicialmente, a Bombardier ainda tinha 34% do programa A220, mas desde então alienou sua participação para a Airbus e o Governo Canadense. 

A Airbus adquiriu uma participação majoritária no programa A220 da Bombardier. Foto: Steve Lynes via Flickr

Além do C-Series, a companhia também vendeu os projetos do turboélice Dash-8 e do jato regional de passageiros CRJ para a Longview Aviation Capital (US$ 250 milhões) e Mitsubishi Heavy Industries (US$ 550 milhões), respectivamente. 

A divisão de aeroestruturas também foi vendida para a Spirit AeroSystems por US$ 275 milhões. A divisão tinha operações nos Estados Unidos, Irlanda e Marrocos. 

Via Flightglobal

 

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Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.