Bombardier Q400 que sofreu acidente no ano passado “teve seus reversos acionados em voo”

Foto: DCA de Mianmar

O acidente do dia 08 de maio do ano passado envolvendo um Bombardier Q400O, que ficou bem danificado na pista do aeroporto de Shahjalal, em Daca, teve a causa determinada por investigadores, que alegaram que a tripulação do Bombardier Q400 acionou o reverso enquanto ainda estavam em voo.

Segundo a investigação, o Q400 da Biman Bangladesh Airlines (Voo S2-AGQ) posteriormente perdeu altura e velocidade e por fim atingiu a pista.

A aeronave estava com 28 passageiros mais seis tripulantes. De acordo com os investigadores a tripulação já havia decidido abortar a aterrissagem a cerca de 2.000 pés, porque as operações do aeroporto foram suspensas por 30 minutos, devido a fortes chuvas e raios.

O glideslope estava fora de serviço e apenas o localizador estava disponível; portanto, uma vez que o aeroporto reabriu, a tripulação do Q400 iniciou uma abordagem não precisa da pista 21.

Os dados meteorológicos mostram ventos variáveis ​​de 10 a rajadas de 20 a 20 com visibilidade de 3.000 m e nuvens quebradas a 1.000 pés.

Em seu pronunciamento o comandante disse ao departamento de investigação de acidentes de Mianmar que a chuva emergiu na aproximação final a 1.500 pés.

De acordo com o comandante, a aeronave estava um pouco mais alta do que o normal, e isso foi visto nas lâmpadas que auxiliam os pilotos para a correta razão de decida. Segundo o comandante era o primeiro oficial que estava voando e este disse que a pista era visível, apesar da chuva, e afirmou que a aeronave pousou sem problemas.

Foto: DCA de Mianmar

Com tudo as investigações dizem que a velocidade do avião caiu abaixo de 135kt a cerca de 450 pés antes de aumentar de cerca de 160 pés, chegando a 150kt a cerca de 20 pés.

Após a análise do gravador dos dados de voo, foi verificado que os dois pilotos estavam pilotando de formas diferentes, ou seja em direção oposta, o comandante picava (emburrava o manche), enquanto o co-piloto o cabrava (puxava o manche).

O trem de pouso principal chegou a tocar no chão, mas cerca de 5 segundo depois o Q400 voltou a voar e a os pilotos acabaram por acionar o reverso colocando as hélices em faixa beta.

“A ativação do alcance beta reduziria significativamente a produção de sustentação da asa e causaria um momento de inclinação do nariz”, diz o inquérito.

A velocidade do Q400 caiu e, 13s após o pouso inicial, a aeronave atingiu o chão e saiu da pista, sofrendo um colapso do trem de pouso e se dividindo em três seções.

Não houveram mortes, mas 12 das 34 pessoas abordo ficaram feridas devido ao impacto da aeronave com o solo.

No fim a investigação apontou que as condições para a aproximação e pouso eram instáveis e ainda acrescenta que os comandantes devem assumir o controle da aeronave quando as condições climáticas estiverem adversas.

 

 

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