Brexit não nos baterá, dizem companhias low cost britânicas

Os tratados de “Open Sky” entre a Europa e o Reino Unido terão que ser reestipulados por causa da Brexit, a saída do Reino Unido da União Européia. Será ainda possível viajar, mas não com as mesmas condições estipuladas ao longo de décadas de negociações e abertura dos céus europeus e norte-americanos.

A Brexit pode se transformar em um pesadelo para as companhias aéreas britânicas e ainda mais para as low cost como a Irlandês, Ryanair, e a Inglês, easyJet. Ainda pior seria a situação dos passageiros, acostumados a uma fluidez nos voos entre o Reino Unido e o resto da Europa, que terão que lhe dar com um aumento dos custos das passagens enquanto os investimentos previstos aos aeroportos britânicos poderão gradualmente diminuir; disse o mesmo Michael O’Leary, diretor executivo da Ryanair.

Mesmo assim a Ryanair colocou um milhão de assentos a partir de £ 9,99 para voar na Europa logo após que o referendo acabou. A companhia low cost irlandesa utiliza o aeroporto de Stansted, em Londres como uma de suas bases.

Por sua vez, a Easyjet já fez saber que quer continuar a fazer parte do mercado da aviação civil da União Europeia. “Escrevemos hoje ao governo do Reino Unido e à União Europeia para pedir-lhes para darem prioridade à continuação do Reino Unido como parte do mercado único da União Europeia, dada a sua importância para o comércio e consumidores”, anunciou a CEO Carolyn McCall.

Um problema também para a British Airways, a companhia que carrega a bandeira inglês nos próprios aviões, que deverá rever as suas estratégias para a Europa e também para os EUA.  A razão é facilmente explicada pela sigla: ECAA (European Common Aviation Area). Ou seja, o “espaço único europeu”, que garante os direitos e obrigações (especialmente do voo livre na Europa e nos EUA).

O mercado único da aviação permite que qualquer companhia aérea da União Europeia possa voar com qualquer número de assentos ou voos para qualquer cidade sem quaisquer restrições. O modelo conduziu a uma concorrência robusta levando ao crescimento de companhias aéreas como a Ryanair e a easyJet.

 

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