Dois caças F-15 ‘Baz’ da Força Aérea Israelense (IAF) escoltaram um bombardeiro B-52H Stratofortress dos EUA durante um voo que teve duração de quase 24 horas. Os caças da IAF voaram junto da aeronave estadunidense quando esta sobrevoou o espaço aéreo de Israel. 

O B-52 faz parte de um grupo de quatro aeronaves que chegaram ao Reino Unido na semana passada, como parte de uma Força Tarefa de Bombardeiros (BTF). Em comunicado, a IAF diz que “o voo foi realizado como parte de uma estreita cooperação com os militares dos EUA, o que representa um elemento significativo para garantir a segurança do espaço aéreo do Estado de Israel e do Oriente Médio.” 

Sob o código de chamada CHIEF11, a aeronave de matrícula 61-0039 saiu da base aérea de RAF Fairford por volta de 23h30 (horário local). O voo foi acompanhando por internautas através de softwares de rastreamento, como o ADS-B Exchange.

O bombardeiro saiu do Reino Unido em direção a Gibraltar, sobrevoando o Mar Mediterrâneo e entrando no espaço aéreo israelense, onde foi acompanhando pelos F-15 da IAF. 

Em outras partes do voo, o B-52 ainda foi acompanhando por caças Typhoon da Força Aérea Real, operando no Chipre, e caças F/A-18 Hornet dos Fuzileiros Navais dos EUA. 

Os dois F-15A Baz pertencem ao Esquadrão 133 Knights of The Twin Tail, uma unidade formada em abril de 1976 especialmente para receber os caças F-15. O esquadrão tem como sede a Base Aérea de Tel Nof, ao sul de Tel Aviv. Os caças estavam armados com uma interessante configuração, composta de mísseis Python 4/5 de curto alcance, AIM-7 Sparrow e AIM-120 AMRAAM de médio alcance, e um pod de autoproteção eletrônica ELL-8222. Os F-15A ‘Baz’ 

O B-52 CHIEF11 ainda sobrevoou o Mar Vermelho, antes de começar o voo de retorno à base na Inglaterra. Durante a missão, a aeronave foi reabastecida por um avião-tanque KC-10 Extender desdobrado na base aérea de Al Dhafra, nos Emirados Árabes. A missão toda teve quase 24 horas de duração. 

“A demonstração de hoje do poder aéreo de combate conjunto, coalizão e nações parceiras liderada por um B-52 foi uma poderosa projeção de nossa força combinada em todo o Oriente Médio”, disse o Tenente-General Greg Guillot, comandante da 9ª Força Aérea. “A missão também exemplificou a capacidade da Força Aérea dos EUA de fornecer poder aéreo de combate de forma transparente em vários comandos de combate.”

O The Times of Israel observa que a missão foi uma demonstração de força dos EUA ao Irã, em meio à tensões persistentes na região. A escolta de bombardeiros norte-americanos por caças de Israel ocorre de forma regular, à medida que as rusgas entre Teerã e o Ocidente aumentaram por conta do programa nuclear iraniano.