Caças F-35 de Israel teriam invadido espaço aéreo iraniano diversas vezes

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Caças F-35I Adir da Força Aérea de Israel. Foto: IDF-AF.

A Força Aérea de Israel (IAF) pode ter penetrado o espaço aéreo do Irã múltiplas vezes com seus caças stealth F-35 Lightning II, aponta o portal Elaph. As supostas invasões no espaço aéreo iraniano teriam ocorrido em coordenação com os EUA. 

Segundo o portal saudita, os jatos F-35i Adir (como a aeronave é chamada localmente) passaram despercebidos pelos radares russos e iranianos durante incursões que teriam ocorrido nos últimos dois meses. 

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F-35I Adir da IAF. Foto: IAF via Twitter.

As violações do espaço aéreo de Teerã também teriam ocorrido durante exercícios militares no Mar Vermelho, em conjunto com os Estados Unidos. Os exercícios fazem parte de uma série de treinamentos e ensaios conduzidos pelos dois países, de forma secreta e publicamente, como preparo para um ataque contra instalações nucleares do Irã.

No final de maio, a IAF conduziu o exercício “Carruagens de Fogo”, visto como um ensaio de larga escala para uma grande operação contra os iranianos. 

Além das invasões aéreas, o Elaph também alega que a Marinha Israelense estaria monitorando de perto as atividades iranianas no Mar Vermelho. Os submarinos de Israel estariam na cola do navio-espião Behshad, sua escolta Jamaran e o navio de desembarquem Hengham, todos da Marinha da República Islâmica Iraniana (IRIN). 

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Caças F-14A Tomcat da IRIAF.

A notícia surge ao mesmo tempo em que Israel tem preparado suas forças armadas (especial a IAF) para um possível ataque contra o Irã. O F-35, considerado o melhor caça de Israel, estaria na ponta da lança deste possível ataque.

Em junho, fontes israelenses afirmaram que a Força Aérea fez drásticas melhorias em seus F-35i, que incluem o aumento da autonomia e integração de uma nova bomba de 1 tonelada ao jato stealth. Israel também é o único país além dos EUA com um F-35 dedicado à voos de testes. 

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Aproximação do Irã com urânio enriquecido fez Israel dar mais capacidades ao seus F-35. Foto: Força Aérea Israelense.

Além disso, a compra de aviões KC-46 Pegasus da Boeing também é uma resposta de Israel para o Irã e sua ameaça de se tornar um estado nuclear, algo que Tel Aviv está disposto a impedir. Aviões de reabastecimento em voo serão essenciais para o sucesso de um eventual ataque. No entanto, os primeiros aviões só devem chegar ao país em 2024, enquanto a frota de antigos Boeing KC-707 Re’em já mostra os sinais da idade. 

Ao mesmo tempo, as tensões na região tem aumentado bastante face à retórica nuclear de Teerã. Israel alega que o país quer a todo custo construir suas próprias armas nucleares. Enquanto isso o Irã protesta, exigindo que a sonda aberta pela Agência Internacional de Energia Atômica em suas estações de urânio enriquecido seja encerrada.

 

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Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.