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Cargolux analisa conversão do Boeing 777-300ER para cargueiro

Boeing 747 Cargolux

O Boeing 777 é um dos aviões mais admirados do mundo, tanto por entusiastas como companhias aéreas. O avião se tornou peça fundamental em viagens longas entre países, pois sua autonomia aliada a seu bom desempenho chama bem a atenção das companhias aéreas.

A versão cargueira do 777 é baseada no 777-200LR, versão menor mas com uma grande autonomia. Com novos motores e com ampla capacidade para transporte de cargas, se tornou o favorito para substituir aeronaves mais antigas como o McDonnell Douglas MD-11F, Boeing 747F.

Atualmente está em processo a conversão da maior versão do 777, a versão -300ER, um dos maiores bimotores do mundo. E nesse processo a Cargolux, uma das maiores companhias cargueiras do mundo está observando para fazer um futuro negócio para a sua frota.

A Cargolux possui 30 Boeings 747 cargueiros e realiza voos para o mundo todo. O presidente-executivo da empresa Richard Forson disse em um evento que a companhia está acompanhando de perto o processo de conversão do 777-300ER.

“Olhe para as grandes fabricantes, vendas de versões cargueiras de aeronaves de última geração ou buscar a conversão de aeronaves de passageiros de geração mais antiga. O específico que estamos observando de perto é a conversão do 777-300ER em cargueiro, no qual a GECAS, junto com o IAI, está fazendo um programa”, disse o presidente.

O programa de conversão da IAI foi iniciado em outubro de 2019, com o pedido de 15 aeronaves convertidas do Boeing 777-300ER. O pedido veio diretamente da empresa de Leasing de aeroanves, GECAS. A conversão do 777-300ER será nomeada de Special Freighter(SF) e se tornará a primeira conversão lançada para a família 777.

Será a primeira versão de conversão pois a Boeing já possui um projeto de um Boeing 777 puramente cargueiro com base no 777-200LR. 

“Estou de olho nisso e me perguntando se todo o conceito de cargueiro está dando uma volta completa, onde inicialmente começou com a conversão de aeronaves de passageiros e depois foi para cargueiros de produção, e talvez estejamos voltando a uma situação agora onde os fabricantes dirão que o risco é muito alto ”, reforça Forson.

O presidente-executivo se mostrou duvidoso quanto aos pedidos do 777X para passageiros, Forson disse que pensa se o número de pedidos será capaz de fazer a Boeing lançar uma versão da nova família 777X para cargas.

Forson disse ainda que as centenas de entregas previstas para o A350 poderiam fazer com que a Airbus pensasse em uma versão cargueira. Forson reforçou que ainda iria avaliar se  as possíveis novas aeronaves de última geração atenderiam os requisitos de operação da empresa do ramo de cargas.

“Há uma grande quantidade de matéria-prima de 777-300ERs no mercado que também estará à procura de um lar um dia”, disse Forson.

“O que temos feito como companhia aérea é dar os passos necessários para garantir a longevidade de nossa frota de 747 pelo maior tempo possível. Além do Antonov (AN-124), que é uma aeronave de nicho, não existe uma aeronave comparável com as capacidades do 747, principalmente no que diz respeito à movimentação de remessas de grandes dimensões.” Reforçou o presidente.

Forson disse ainda que com a introdução de uma aeronave de dois motores, traria uma complexidade as operações que atualmente não possuem. Isso porque a frota da Cargolux é composta exclusivamente por Boeings 747.

 

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