Cargueiros C-17 britânicos levam mísseis antitanque para a Ucrânia

C-17 mísseis Ucrânia

A Força Aérea Real (RAF) está conduzindo uma ponte aérea com cargueiros C-17 Globemaster III, levando mísseis antitanque NLAW para a Ucrânia. O movimento ocorre em meio às escaladas de tensões cada vez maiores entre Moscou e Kiev. 

As aeronaves britânicas estão desde segunda-feira (17) pousando no Aeroporto Internacional Boryspil, nos arredores da capital ucraniana, Kiev. Consigo, levam pallets com mísseis Next Generation Light Anti-tank Weapons, mais comumente chamados de NLAW, aponta o The War Zone. 

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A carga de armas antitanque foi confirmada pelo Ministério da Defesa da Ucrânia. Uma invasão do país ex-membro da União Soviética é cada vez mais temida. Em comunicado, o Governo dos Estados Unidos afirma que uma invasão russa é eminente. 

A enorme implantação de 100 mil soldados russos na fronteira com a Ucrânia, junto de blindados e aeronaves, traz agonia não só para o país mas também para o resto do mundo. Estados Unidos e seus parceiros europeus já condenaram veementemente as movimentações russas, ameaçando a imposição de sanções contra Putin.

Joe Biden já está considerando ajuda militar à Ucrânia, ao mesmo tempo que a Inglaterra já se movimenta ao enviar os mísseis NLAW ao país, possivelmente às centenas. Até o momento não se sabe o número exato de quantos NLAW chegaram às forças ucranianas. 

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Ainda sobre o movimento dos C-17 da RAF, a trajetória usada pelos cargueiros chamou atenção e gerou especulações. As aeronaves sobrevoaram o Mar do Norte ao invés da Alemanha, sugerindo algum tipo de impasse diplomático entre os dois países.

Ainda assim, os boatos foram desmentidos pelos alemães e britânicos. No Twitter, Andy Netherwood, um ex-piloto de C-17 reforçou que os ventos na região durante a noite dos transportes estavam favoráveis, o que deve ter influenciado na rota dos aviões. Ao retornar para a Inglaterra, os C-17 fizeram o mesmo caminho. 

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A entrega dos mísseis NLAW traz um enorme reforço às capacidade anticarro das tropas ucranianas, que já operam o norte-americano FGM-148 Javelin, visto como um dos melhores armamentos contra blindados presentes no mercado. Washington já enviou mais dessas armas para a Ucrânia. Junto das tropas, a Rússia enviou centenas de tanques e blindados de transporte de variados modelos. 

Em meio às tensões todas, as negociações entre as partes em Viena não parecem estar evoluindo. A Rússia quer de toda maneira impedir a entrada de Kiev na OTAN. Ao mesmo tempo, Moscou anunciou o envio de mais tropas para Belarus, alegando um exercício militar dividido em duas fases, uma das quais consistente em repelir uma ameaça externa de maneira a defender interesses do Estado. 

Autor: Gabriel Centeno

Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.

Categorias: Militar, Notícias

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