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CEO da Emirates diz que a Boeing deve reconhecer problemas do 737 MAX

Emirates

Em uma entrevista para a Reuters na última semana, o CEO da Emirates emitiu algumas declarações polêmicas sobre os produtos da Boeing, bem como a atitude da empresa nos últimos anos.

De acordo com Tim Clark, presidente da Emirates, a Boeing deve admitir os seus erros com o projeto do 737 MAX, e não fugir da “culpa e responsabilidade” por ter errado no projeto do avião.

“A Boeing precisa dar uma boa olhada em si mesma; Tenho certeza que sim”, disse Clark à Reuters.

“Mas eles precisam (mostrar) evidências para pessoas como a comunidade das companhias aéreas, o público viajante, de que fizeram as mudanças exigidas deles de maneira transparente”, disse ele, ao mesmo tempo que sugere uma mudança de ênfase nas questões financeiras da Boeing.

“Isso (só pode) ser feito em nível de conselho e executado… em nível sênior”, disse Clark. “Eu acredito que eles ainda têm trabalho a fazer na Boeing para se resolverem… Há uma culpabilidade e responsabilidade de cima para baixo e eles precisam reconhecer isso.”

“A Boeing deve compreender a magnitude dos danos à indústria e fazer “mudanças estruturais fundamentais”, disse Clark. “É claro que havia processos e práticas, atitudes e DNA, se preferir, que precisavam ser resolvidos de cima para baixo. É inútil embaralhar o baralho”.

A crítica de Clark é dirigida aos mais altos escalões da maior empresa aeroespacial do mundo, e chega bem no momento de reformulação total das diretorias da Boeing, bem como no fato de abandonar a antiga filosofia de trabalho, em vigor pelo menos desde meados de 2000.

Para Clark não é somente sobre deixar o 737 MAX funcional, mas um resumo da empresa que volte a passar segurança para os passageiros e clientes, as próprias companhias aéreas.

O presidente da Emirates classificou anteriormente como grave os problemas enfrentados pelo 737 MAX, e mais grave ainda o fato da Boeing não assumir no início que o avião tinha problema, apesar de trabalhar para resolvê-los.

 

Via: Reuters

 

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