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CEO da LATAM: “É importante aprender com aquilo que já ocorreu”

LATAM

A 16ª edição do ALTA Airline Leaders Forum teve nesta terça-feira (29/10) um painel especial de discussão sobre a aviação no mercado Brasileiro de aviação, com a participação da LATAM Brasil e da GOL, através dos CEOs Jerome Cadier e Paulo Kakinoff, respectivamente.

O painel abordou assuntos como o excesso de processos judiciais no mercado aeronáutico, o custo dos impostos nas operações aéreas e a competitividade do setor, após a saída da Avianca Brasil.

De acordo com Jerome Cadier, CEO da LATAM Brasil, a nova lei do aeronauta atrapalha a competitividade da companhia aérea no mercado internacional.

Em um exemplo informado por Cadier, a LATAM realiza seus voos para Tel Aviv, em Israel, com uma tripulação do Chile, visto que o voo pode ter mais de 15 horas de voo contabilizando todos os desvios.

Ele completou que só em impostos a LATAM Brasil pagou cerca de R$ 2 bilhões em 2018, vale ressaltar que o ICMS ainda não era reajustado em vários estados, como em São Paulo, mas afetou o resultado da companhia.

“É importante aprender com aquilo que já ocorreu“, disse Jerome Cadier, CEO da LATAM Brasil. “A Avianca tinha um bom produto, ninguém nega que tinha, mas era uma companhia que não conseguia equilibrar os custos com a receita das passagens”, citou Jerome claramente citando a concorrência com a LATAM e a GOL em várias rotas, que diminuíram o preço das passagens, não cobrindo os custos da Avianca.

“A oferta no mercado doméstico é maior que a demanda nos últimos 10 anos”, disse Paulo Kakinoff, CEO da GOL. “Se há duas companhias na mesma rota já temos competitividade”.

“70% das rotas do Brasil são operadas por somente uma empresa aérea”, disse Jerome Cadier. “As novas empresas aéreas, interessadas no mercado brasileiro, devem entrar nessas rotas para diminuir o preço da passagem”.

Quando a pauta foi a diminuição dos custos da aviação, inclusive para o passageiro, algo também abordado na abertura do ALTA Airline Leaders Forum nesta última segunda-feira (28/10).

“Nós vamos conseguir ainda neste ano a redução desses US$ 18 da tarifa de embarque internacional”, disse Ronei Glanzmann, Sec. de Aviação Civil. “O presidente da República [Jair Bolsonaro] confirmou”, completou.

“18 dólares é bastante significativo, temos passagem [para a Argentina e Chile] por 50 dólares”, disse Glanzmann.

Os processos judiciais também foram destaque nas falas do CEOs das companhias aéreas.

“Não há benefício no atraso de voo para a companhia aérea”, disse Paulo Kakinoff, CEO da GOL. “Mesmo com avião parado pagamos o leasing, custos de equipe em solo e tripulantes, não há vantagem nenhuma no atraso do voo”, completou.

Jerome Cadier completou, dizendo que 50% da operação da operação do Grupo LATAM está no Brasil, porém, 90% dos custos processuais estão no Brasil.

“Todos nós comunicamos mal com o cliente ou com entes da justiça e do legislativo”, disse Kakinoff.

 

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Pedro Viana

Autor: Pedro Viana

Engenharia Aerospacial - Editor de foto e vídeo - Fotógrafo - Aeroflap

Categorias: Companhias Aéreas, Notícias

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