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CEO da Ryanair: “A Lufthansa está buscando ajuda estatal como um tio bêbado”

Michael O’Leary Ryanair

Em entrevista nesta última quinta-feira (14) à Bloomberg, o polêmico CEO da Ryanair, Michael O’Leary, afirmou que a rival alemã Lufthansa estava “arrecadando auxílios estatais como um tio bêbado em um casamento”.

O’Leary como sempre se mostrou contrário à ajuda estatal para a manutenção das empresas, mas desta vez ele ressaltou algumas informações extras.

“A Lufthansa está buscando ajuda estatal como o tio bêbado no final de um casamento, bebendo de todos os copos vazios. Eles não podem se ajudar”, disse O’Leary em entrevista à agência de notícias Bloomberg. “Não queremos auxílio estatal, mas agora estamos sendo convidados a competir não com uma mão, mas com as duas mãos amarradas nas costas”.

A Ryanair disse ao The Irish Times esta semana que era a favor de esquemas transparentes, como o programa de apoio salarial do governo, pois estavam disponíveis para todas as companhias aéreas.

O’Leary também argumentou na quinta-feira que acreditava que a oferta da Lufthansa por ajuda de vários governos da UE para o grupo alemão e suas subsidiárias distorceria a concorrência.

No entanto, o grupo irlandês está desafiando apoios, como os descontos de impostos franceses e suecos, pois estão disponíveis apenas para as companhias aéreas registradas nesses países e, portanto, são auxílios estatais ilegais, na visão de O’Leary.

O’Leary disse a Ryanair também procura derrubar o pacote de resgate de US$ 8 bilhões da França para a Air France. 

“Todas as suas despesas estão sendo cobertas por esquemas de folha de pagamento do governo no momento, então para que você precisa de toda a cocaína de 12 bilhões de auxílios estatais?”, disse O’Leary.

Ele está preocupado que o dinheiro dos contribuintes possa permitir à Lufthansa adquirir a Condor, criando um “monopólio mais forte” na Alemanha, onde a Ryanair tem a subsidiária Lauda.

E há outras batalhas pela frente. O’Leary disparou contra os planos da Itália de estatizar a Alitalia “que perde dinheiro todos os anos” há décadas e segundo a Ryanair, com cerca de 20% de participação de mercado no país.

“A Ryanair é a companhia aérea número um na Itália, temos cerca de 34-35% de participação de mercado”, disse ele. “Nessa base, o governo italiano deveria nos dar 4 bilhões de euros”. “Agora, não queremos auxílio estatal do governo italiano”.

Enquanto isso, a companhia diz que está contando com seu caixa e o sólido lucro dos últimos anos para manter a sua estrutura, mas já anunciou demissões e diz que vai reduzir as operações nos próximos meses, para se adequar à demanda do momento.

 

 

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