A situação do setor aéreo ainda é complicada, em razão do aumento do preço dos combustíveis no mundo todo principalmente em decorrência dos conflitos entre a Rússia e a Ucrânia. O CEO da Ryanair deu uma declaração sobre o preço das passagens para o futuro.
A Ryanair é uma conhecida companhia aérea que opera no conceito low-cost e low-fare, sendo uma das empresas que tem a menor tarifa de toda a Europa. Até a crise, a companhia de Michael O’Leary costumava vender passagens nos valores entre € 1 (US$ 1,03) e € 10 (US$ 10,32).
Porém, com a crise global de saúde que ocasionou a pandemia, e o recente conflito entre Rússia e Ucrânia os custos operacionais tiveram um aumento preocupante para as companhias aéreas de todo o mundo.
“Não há dúvida de que, na extremidade inferior do mercado, nossas tarifas promocionais realmente baratas – as tarifas de um euro, as tarifas de € 0,99 e até as tarifas de € 9,99 – acho que você não verá essas tarifas nos próximos anos”, disse Michael O’Leary.
Com a crescente demanda de passageiros, ocasionada pelo regresso da pandemia, os valores de trechos pela Europa tiveram aumento significativo em relação à 2021. Em algumas cidades esse valor sofreu alta de 250% em relação ao mesmo período de 2019.
Como comparação, a Ryanair fez uma promoção de passagens aéreas para as cidades de Londres, Lisboa, Faro, Atenas, Madrid e Sevilla, que estão entre as mais buscadas do continente. Os valores no mesmo período em 2021, foram de € 5,92 em média.
Atualmente os mesmos trechos estão saindo entre € 71,02€ à € 153,88 podendo variar ainda mais dependendo da cidade, com valores chegando à € 223,70.
O cenário é diferente, hoje os passageiros estão buscando viajar sem pagar caro pelas passagens. Companhias aéreas de baixo custo como a Ryanair, EasyJet e outras, estão vendo uma oportunidade de crescimento com tarifas mais baixas do que as companhias que oferecem opcionais de conforto e luxo.
Assim como todas as outras empresas, a Ryanair hoje está lidando com diversos cancelamentos em razão da falta de tripulantes e funcionários para determinadas funções. O CEO ainda busca soluções, principalmente pela greve que os funcionários da base na Espanha irão aderir em breve.
Apesar disso, o executivo garante que nem a greve de funcionários nem as paralisações industriais serão capazes de afetar a malha da Ryanair. Alguns cancelamentos irão acontecer, pois a empresa não suporta tamanha demanda de passageiros mas que está buscando alternativas para não prejudicar os passageiros.
Com informações da Simple Flying
