Em uma declaração relacionada ao acidente com um Airbus A320 da Pakistan Internacional Airlines (Clique Aqui para saber mais), o Ministro de Aviação do Paquistão disse que cerca de 40% dos pilotos do país têm licenças inválidas.

Pelo menos 262 do total de 860 pilotos ativos no país não fizeram exames adequados, ou não renovaram seus brevês de pilotagem de acordo com normas da ICAO.

Essa informação apresentada por Ghulam Sarwar foi repassada durante a apresentação do relatório provisório de inquérito na Assembléia Nacional do Paquistão, sobre o recente acidente de avião da PIA em Karachi.

“O Paquistão possui 860 pilotos ativos, incluindo pilotos da PIA, Serene Air e da Air Blue. O inquérito iniciado em fevereiro de 2019 mostrou que 262 pilotos não fizeram o exame, ou pediram a alguém que fizesse o teste em seu nome”, afirmou o ministro.

Ele disse que descobriram durante as investigações que os pilotos com licenças ‘falsas’ nem sequer tinham uma experiência de voo adequada, o que poderia causar acidentes como o ocorrido no último dia 22 de maio.

Sarwar revelou ainda: “Os pilotos também foram nomeados em bases políticas, infelizmente. O mérito foi ignorado ao nomear pilotos”.

Uma segunda investigação revelou que, pelo menos quatro pilotos da Pakistan Internacional Airlines – PIA estavam voando com brevês inválidos.

Ele disse que foi iniciada uma investigação a esse respeito e que foram emitidos avisos para 54 pilotos. “Alguns dos pilotos também contestaram esses avisos no tribunal. Até agora, pelo menos nove pilotos confessaram ter certificados falsos”, afirmou.

Em seu relatório provisório, o ministro responsabilizou os pilotos e a torre de controle por causar o acidente de avião em Karachi.

O voo PK8303 da PIA transportava 99 pessoas, incluindo oito tripulantes, e caiu em uma área residencial densamente povoada perto do Aeroporto de Karachi, em 22 de maio. Duas pessoas sobreviveram ao acidente, enquanto 97 passageiros perderam a vida.

Com informações de Gulf News.